Illusion - Capítulo 4


[Coloca essa música pra carregar e só aperta play quando eu mandar]

- E aí, o que o "príncipe dos cabelos de ouro" queria com você? - Jess perguntou debochada enquanto íamos em direção a cantina do colégio e eu apenas revirei os olhos.
- Ele só queria ajuda no trabalho de Biologia, só isso - falei e ela riu pelo nariz.
- Só isso? - perguntou com as sobrancelhas arqueadas e eu dei de ombros.
- Bom... - comecei - ele perguntou se eu podia ir na casa dele hoje depois da aula ajudar ele e... - deixei as palavras se perderem no ar.
- E o que? Desembucha? - ela me deu um leve empurrão e eu ri.
- E eu aceitei - dei um sorriso sem graça e ela gargalhou.
- Você? Casa do Júnior? É amiga, tá podendo - ela falou enquanto ria descontroladamente. Qual é a graça?
- Algum problema? - perguntei um pouco irritada e ela parou de rir aos poucos.
- Não, só nunca pensei que minha melhor amiga nerd iria pra casa do garoto mais desejado da escola - ela falou. Pois é Jess, também nunca pensei nessas possibilidades. Ou pensei?
- É a vida - falei tentando fazer uma cara de "poeta", o que não funcionou muito.
- Mas então, você quer que eu peça a minha mãe pra ir te buscar na casa dele? - Jess perguntou enquanto já estávamos na fila da cantina.
- Não precisa, eu volto de ônibus - sorri sem amostrar os dentes e ela assentiu.
Pedi apenas um potinho de salada de frutas. Se eu comesse mais besteira era capaz de eu passar a tarde enfiada em um banheiro.
Abri meu potinho de salada de fruta enquanto observava Jessie devorando seu cachorro quente. Ou "podrão" como eu prefiro chamar. Fala sério, ela come mais que a Magali. E o pior é que eu nunca sei onde vai parar tanta comida.
Senti um perfume familiar e de longe poderia distinguir quem era. Neymar.
Oh garoto, porque eu te amo tanto?
Observei ele andando com Chaz e Ryan até a mesa onde ele sempre sentava. Eu tinha inveja das garotas que eram autorizadas a sentar naquela mesa. Qual é? Quem não queria ter a presença do Júnior na hora do recreio?
Aliás, quem não queria ter a presença do Júnior pela vida toda?
Coração, desculpa fazer você sofrer tanto.
- É, parece que hoje não sobrou mesa para nós sentarmos - Jess falou de boca cheia despertando-me dos meus pensamentos.
- Não tem problema. A gente senta lá na arquibancada da quadra - falei e logo dei um sorriso sem amostrar os dentes.
Fui a direção a quadra da escola sempre perseguida pela Jessie que se lambuzava com seu cachorro quente. Passei pela mesa dos populares na qual o Neymar sempre sentava e sorri instantaneamente ao vê-lo rindo de alguma piada que algum de seus amigos contara.
Um dia eu ainda vou ser motivo dos sorrisos dele. Sem dúvidas.
Assim que passei pela mesa deles, a imagem de Neymar rindo ecoou na minha cabeça por um bom tempo. Tanto tempo que eu só fui perceber que já estava sentada na arquibancada da quadra depois de um bom tempo.
- Ô tédio - Jess reclamou mais pra si mesma do que pra mim.
- Nem fala - concordei - estou morrendo de sono - afirmei.
- Se você que dormiu na metade do filme está com sono, imagine eu que assisti até o final? - ela falou um pouco sonolenta. Entortei a boca olhando pro nada, já que eu não tinha mais assunto.
- Se não se importa, eu vou pro meu mundinho - falei para Jess pegando meus fones de ouvido no bolso do meu casaco e logo pegando meu celular no bolso da minha calça. Conectei os fones no aparelho e escolhi uma música para tocar.
Acabei escolhendo Far Away, no Nickelback. Uma das minhas músicas favoritas.
Antes de eu colocar a música para tocar eu deitei na arquibancada, colocando minha cabeça no colo de Jess, que não falou nada, apenas se ajeitou ficando em uma posição melhor. Dei play na música e logo pude ouvir o barulho de um violão tocando. Era a introdução. Fechei meus olhos e me concentrei apenas na música. Era como se o mundo tivesse parado e só tivesse eu nele. Era como se fosse um sonho.  [DÊ PLAY LÁ NA MÚSICA, GATCHÊNHAS]

"O barulho da cachoeira dava um ar de paz. A grama verde e fofinha deixava cada canto daquele lugar magnífico. Os pássaros assobiavam como se fosse uma melodia de uma canção. Brisas fortes batiam levemente no meu cabelo, fazendo-o balançar de acordo com o vento. O clima era de calor. A serenidade se encontrava em cada canto daquele lugar. Não havia vozes de pessoas e nem nada. Deserta, era essa a palavra. Encontrava-me com um vestido de alcinha branco, fazendo-me parecer uma boneca. Sentia-me livre como nunca sentira antes. Meus lábios formavam um sorriso sem eu ao menos perceber. Por mais que eu não conseguisse ver, eu tinha certeza que meus olhos brilhavam mais que o normal. O cheiro era de terra úmida, um dos meus cheiros favoritos. Aquilo era com certeza um sonho. O meu sonho. Uma voz masculina foi ecoada através daquelas enormes árvores atrás de mim. Virei-me e tive a certeza de que eu estava na presença de um anjo sem asas. Seus cabelos morenos ficavam dourados ao encontrar do sol. Seus olhos pareciam ouro. Nunca tinha visto tamanha perfeição em toda a minha vida. Em seus lábios levemente rosados encontrava-se um sorriso. O sorriso mais lindo de todos. Pude ouvir sua voz pronunciando meu nome. Aquilo estava muito longe de ser real. Aquele ser de outro mundo se aproximou mais de mim e logo tocou seus dedos em minha face. Todos os pelos de meu corpo, sem exceção, ficaram arrepiados. Borboletas no estômago. Paralisada e nas nuvens eram os termos certos para me descrever naquele momento. De sua boca carnuda em formato de coração saiu uma gargalhada gostosa. Era o momento mais feliz da minha vida.
- Você me dá a honra de pular na água comigo? - a voz doce, porém rouca, dele pronunciou e foi impossível negar. Logo ele pegou na minha mão e me puxou devagar até uma pedra enorme perto da cachoeira. Ali mesmo, ele tirou a blusa dele deixando seu abdômen nu. Por mais que engraçado que seja, o ambiente fica mais quente a cada minuto. Ele voltou a segurar a minha mão, só que dessa vez mais forte, e me levou para a ponta da pedra. Lá em baixo eu podia avistar a água mansa e completamente azul. Parecia que ela continha pedras de brilhante de tão surreal que era. O menino dos olhos de ouro olhou para mim e eu retribui o olhar, sorrindo.
- Você está pronta? - sua voz soou e eu automaticamente assenti - 1, 2, 3 e já.
Senti uma corrente elétrica passar em minhas veias quando meu corpo quente se encontrou com a água totalmente fria. Percebi que a mão dele continuava a segurar a minha. Subi até a superfície da água no mesmo momento que ele, e sorri ao perceber que ele já tinha aberto seus olhos. Fiquei balançando meus pés debaixo d'água para não acabar me afundando. Aquele ser, que por mim considerado magnífico, me abraçou, colando nossos corpos completamente. E pela primeira vez na vida eu me sentia completamente segura. Seus dedos gelados tocaram em minha nuca aproximando nossos rostos. Cada vez mais perto ficávamos e cada vez mais forte meu coração batia. Antes que nossas lábios tocassem mergulhamos. Abri meus olhos de baixo d'água e percebi que ele se aproximava mais ainda. Fechei meus olhos para poder curtir o momento e pude sentir seus lábios macios tocando os meus. Minha mão foi parar na lateral de seu rosto, aproximando mais ainda nossos lábios. Sua língua quente e aveludada pediu passagem para se encontrar com a minha, e sem pensar duas vezes, permiti. Nossas línguas começaram a se movimentar lentamente e em questão de segundos já estavam guerreando. Parecia que uma lutava com a outra para decidir quem dava mais prazer. E por um momento eu já não sentia seus lábios, muito menos seus braços me envolvendo. Abri meus olhos ainda debaixo d'água e percebi que a água estava escura, cor de sangue. Voltei para a superfície e rolei meus olhos naquele lugar completamente diferente do que eu estava a segundos atrás. Era uma caverna escura, com um cheiro podre e totalmente fria. Antes que eu pudesse pensar em algo senti uma mão pegar em meu pé, me puxando para debaixo d'água. Tentei livrar meu pé daquela mão na qual eu não sabia de quem era, por conta da escuridão vinda lá do fundo. E antes que eu voltasse a me debater tentando me salvar, eu apaguei."

- Ei, Megan, acorda - senti Jess me balançar freneticamente - o recreio já acabou - ela completou e eu me levantei preguiçosamente, sentando.
Minha visão ainda estava embaçada e a quadra estava vazia.
- Nunca vi uma pessoa dormir tão rápido como você - ela debochou enquanto ria e eu apenas ignorei e me levantei indo em direção a saída da quadra. Passei pelo refeitório e não tinha quase ninguém. Os poucos alunos que tinham estavam voltando para as suas respectivas salas, como eu.
Nem esperei Jessie e já sai andando em direção ao meu armário para pegar meu material para a próxima aula que seria Física.
Peguei meu caderno e meu livro e caminhei rapidamente para a sala antes que o professor proibisse entrar, e por sorte ele deixou.
Me sentei na primeira cadeira, em frente a mesa do professor, como sempre.
Observei a aula e prestei atenção na matéria, mas com ele na cabeça.
Eu tinha certeza que o menino no meu sonho/pesadelo era o Neymar. Porém eu ainda continuo conturbada com o final. O que significa a escuridão? Um sinal, talvez.
Livrei-me deu meus pensamentos e voltei a prestar atenção na aula. É, ás vezes é cansativo ser inteligente.

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- Como você vai pra casa dele se você nem sabe onde ele mora? - Jess perguntou enquanto estávamos sentadas no mesmo banquinho de sempre no lado de fora da escola.
- Boa pergunta - falei e ela revirou os olhos rindo.
- Tem certeza que você quer ir? - ela perguntou e eu fitei o nada, logo voltei a olhá-la.
- E porque não teria? - perguntei.
- Deve ser porque quando você está nervosa só faz merda - ela confessou e eu entortei os lábios. Ela tinha razão.
- Eu prometo que tento me controlar - falei e ela riu.
- Não sei não... Se você fica doida só de ver ele de longe, imagine de perto e na casa dele - ela falou e eu ri.
- Vamos dizer que eu inda não consigo imaginar essa cena - falei rindo e ela riu junto comigo.
- Ahn, Megan? - aquela voz falou bem atrás de mim. Virei-me bruscamente e encontro aquele ser me fitando com aqueles olhos verdes cor de mel.
- Eu - sorri nervosa. Ah senhor, me dê forças pra ocorrer tudo bem e ele não achar uma infantil.
- Vamos? - ele perguntou e não se passava nenhuma resposta na minha cabeça.
- Onde? - perguntei involuntariamente. 
- Pra minha casa ué - ele falou e riu - eu depois te levo até sua casa - ele completou e só dei um sorriso sem graça.
- Ok - miei - tchau Jess - falei e dei um beijo na bochecha, me levantando do banco.
- Tchau Meg - ela acenou e deu um sorriso.
- Tchau Jess - Neymar falou e eu dei uma risada. Foi tão engraçado o jeito que ele pronunciou "Jess".
Senti o braço de Neymar passar por cima dos meus ombros, fazendo eu me aproximar mais dele. Respira, Meg.
Andamos até o carro dele que era uma Ferrari branca e ele abriu a porta para eu entrar. Oh lord, além de perfeito também é cavalheiro.
Neymar deu a volta no carro e entrou no banco do motorista, logo fechando a porta, trancando a mesma, e colocando a chave na ignição. O barulho do motor do carro pôde ser ouvido e Neymar virou a cabeça olhando para mim e dando um sorriso.
- Vamos - ele falou mais para si mesmo do que para mim e andou com o carro.
Vamos Meg, você consegue. É só explicar uma matéria fácil. Só isso.

 CRÉDITOS A DIVA

Illusion - Capítulo 3


- Megan, acorda - escutei a voz de Jess enquanto eu era sacudida pela mesma.
- Me deixa dormir - reclamei e me cobri meu rosto.
- Vai dormir é o caralho. Tu prometeu que ia assistir um filme lá em casa e ia dormir lá - ela reclamou descobrindo o meu rosto e me sacudindo.
- Você é muita chata - reclamei dando um pulo da cama com raiva e fui em direção ao meu armário.
- Vou bater um papinho com a sua mãe enquanto você arruma sua mochila - Jess falou e logo foi em direção a porta do meu quarto.
- Um dia ainda vou saber o que tanto você e minha mãe conversam - resmunguei e ela riu da minha cara antes de fechar a porta.
Coloquei minha blusa da escola, uma calça jeans escura e meu moletom bege de sempre dentro da mochila. Peguei meu celular velhinho em cima da estante e vi as horas. Era exatamente 19:21. Eu estava morrendo de fome e com uma preguiça danada. 
Terminei de arrumar minha mochila com meu material pro dia seguinte e fui na cozinha beliscar alguma coisa para comer. O motivo da minha fome é que assim que eu dei banho na minha mãe, eu fui direto pra cama sem ao menos comer e dormi. 
Acabei fazendo um pão com queijo e devorando o mesmo.
Jessie desceu as escadas e logo foi ao meu encontro na cozinha.
- Ô sua doida, lá em casa tem besteiras pra gente comer - ela reclamou enquanto abria a geladeira e pegava o jarro de água.
- Não tem problema não... Eu como lá também - falei de boca cheia fazendo Jess dar uma risada monstra enquanto colocava a água do jarro em um copo que ela acabara de pegar.
- Fominha - ela falou rindo antes de levar o copo com água até a boca.
- Mas então... - falei e dei uma pausa pra engolir o sanduíche - o que você falou com a minha mãe? - perguntei já na ansiedade de comer o último pedaço daquele sanduíche gostoso.
- Nada é da sua conta - ela falou autoritária enquanto lavava o copo que tinha bebido a água.
- Nossa, obrigado pela consideração - fingi estar magoada e enfiei o resto do sanduíche na boca enquanto Jess ria do meu drama.
- Vamos, minha mãe tá esperando lá fora - ela falou indo na minha frente e pegando a minha mochila que estava em cima do sofá.
- Ok - falei de boca cheia - vai indo que eu já vou.
- Tá bom - Jess assentiu e logo saiu porta a fora.
Eu subi até o quarto da minha mãe para ver como ela estava, mas acabei encontrando ela dormindo. Dei um beijo na testa dela e logo a cobri, já que estava meio frio. Encostei a porta do quarto dela, já que eu tinha certeza que el iria dormir até o dia seguinte, e verifiquei se as luzes da casa estavam apagadas. Peguei meu celular velhinho em cima da bancada da cozinha e sai de casa, trancando a porta. Andei até o carro da mãe da Jessie e adentrei nele.
- Oi, tia Lucy - falei entrando no carro no banco de trás.
- Oi, Meg - ela falou me olhando pelo espelho retrovisor e deu um sorriso. Eu nunca na minha vida tinha visto mãe mais legal que a tia Lucy - sua mãe está melhor, querida? - ela perguntou já dando partida no carro.
- A mesma coisa de sempre - falei em um tom tristonho e ela entortou a boca como se estivesse com pena. Minha mãe e tia Lucy era muito amigas, por isso eu e a Jess somos tão coladas uma na outra.
- Tomara que ela melhore - tia Lucy disse enquanto dirigia. Olhei para a Jess que estava sentada no banco de carona e ela estava com os fones de ouvido, mexendo no celular.
- Se Deus quiser - falei e dei um meio sorriso. O que eu mais queria na minha vida era que minha mãe melhorasse.


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- Vai querer comer pipoca ou prefere comer chocolate primeiro? - Jess me perguntou enquanto estávamos na cozinha nos preparando pra ver o filme. Ambas estávamos de pijama.
- Tanto faz - falei e ela olhou pra minha cara - tá bom... Sei lá, vai a pipoca primeiro - Jess apenas assentiu colocando a pipoca de microondas dentro do microondas.
- Engraçado... Você até agora não comentou no nome Neymar - ela disse debochada - será que finalmente você esqueceu ele? - perguntou com um sorriso nos lábios.
- Já disse um monte de vezes e vou dizer de novo: eu nunca vou me esquecer dele - falei e ela revirou os olhos - eu só não comentei sobre ele porque sei que você não gosta... Então prefiro guardar meu amor por ele apenas para mim - resmunguei.
- Aaah, pára, Megan - Jess reclamou - não é que eu não goste de ouvir você falando sobre ele... Eu apenas não aguento ouvir você falando o dia todo nele - falou dando um ênfase no "dia todo".
- Quando você começar a falar do seu amor pelo Chaz, eu também vou começar a reclamar - falei fingindo estar irritada.
- Pode parando - ela gesticulou com as mãos - eu não amo o Chaz, apenas acho ele muito fofo - ela disse com um sorrisinho no rosto.
- Sei o significado do seu "fofo" - falei e logo fiz um coraçãozinho com as mãos para irritar ela. 
Antes que ela dissesse algo o microondas apitou avisando que a pipoca já estava pronta. Jessie pegou a pipoca do microondas e colocou toda a pipoca em uma vasilha grande. Peguei duas latas de coca-cola e fui em direção a sala, sendo seguida pela Jessie que vinha com a vasilha de pipoca em uma mãe e duas barras de chocolate na outra.
- Hora do cineminha - festejei baixinho. Jess apenas olhou pra minha cara e riu. Vaca que eu amo <3
- Coloca o filme - ela ordenou e eu peguei 3 DVD's que estavam em cima da mesa de centro da sala.
- Qual deles? - perguntei e ela ficou fitando cada um dos DVD's na minha mão.
- Lembranças - disse e logo eu assenti, tirando o DVD da capa e colocando no aparelho de vídeo.
Me sentei no sofá ao lado de Jessie e me cobri com o cobertor que ela já tinha pegado. Dei play no filme e começamos a assistir. Só sei que depois do segundo pedaço de chocolate que eu comi no meio do filme, eu apaguei.


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- Ei, acorda - senti alguém me cutucar. Jessie, tinha que ser. Não há pessoa no mundo que goste de me acordar mais do que ela.
- Fala - falei em um sussurro pensando de onde eu tiraria forças pra sair do sofá e ir pra escola.
- Vamos, levanta - ela me cutucou novamente. Um dia ainda quebro o dedo dela.
- Espera - falei e fechei os olhos novamente.
- Espera o caramba, simbora - ela puxou meu cobertor fazendo eu cair do sofá.
- Vadia - murmurei com raiva e me levantei do chão, indo em direção ás escadas.
Deixei Jessie sozinha na sala e peguei minha toalha na mochila indo direto pro banheiro do quarto da Jess. Tomei um banho rápido e assim que saí vesti meu uniforme da escola, enquanto Jess tomava o banho dela. Esperei ela acabar de se arrumar e então nós descemos pra tomar café da manhã e, logo, partimos para a escola com a tia Lucy.


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- Esqueci de fazer o trabalho de matemática - reclamei enquanto entrava na escola ao lado de Jessie.
- Também - lamentou - estamos encrencadas - completou e eu apenas assenti.
- Ah, oi, Megan - ouvi uma voz dizendo ao meu lado. O problema é que não era qualquer voz.
- Oi, Neymar - falei em meio a um sussurro. Eu tava muito hipnotizada pra falar algo. 
Olhei para a Jessie que me olhava de volta.
- Bom, eu vou indo pra minha sala - Jess disse dando um sorriso falso - vejo você no recreio - ela falou e logo saiu andando, mas antes passou bem perto de mim e sussurrou um "juízo".
- Mas então, o que você quer? - perguntei para o Neymar assim que a Jessie estava fora de meu alcance.
- Você - ele falou em um tom sedutor e por um momento eu achei que ia morrer. Pernas bambas e borboletas no estômago porém interrompidas por um riso vindo dele - é brincadeira, eu só quero saber se você pode me explicar o trabalho de Biologia que o professor Oliveira passou - ele completou e eu me senti internamente humilhada. Qual é? Eu sei que não sou atraente, mas não precisa jogar na cara assim.
- Ah, posso sim - falei em um tom baixo de voz. Neymar assentiu sorrindo. Ah, que sorriso lindo. 
- Então tá, que tal na minha casa depois da escola? - ele perguntou e eu tive que arranjar forças do além pra continuar de pé.
- N-na sua casa? - gaguejei e ele arqueou uma sobrancelha.
- Sim, na minha casa, algum problema? Porque se você preferir a gente pode fazer na s... - o interrompi. Eu nunca na minha vida iria levar Neymar Júnior na minha casa. Iria ser uma eterna humilhação.
- Na sua casa está bom - falei sorrindo sem amostrar os dentes.
- Ok, te vejo no final das aulas - ele falou com aquela voz encantadora de sempre e me deu um beijo na bochecha, logo indo em direção a sala dele.
Alô, é da emergência? Acabei de receber um beijo na bochecha do garoto que eu daria a minha vida e eu não sei se tenho forças pra continuar a viver.
É Megan, um passo de cada vez.

CRÉDITOS A MELHOR

Illusion - Capítulo 2

Coé cambada?! Primeiramente, quero dizer obrigada. Obrigada a vocês, PESSOAS QUE COMENTAM, por me dar motivação de postar aqui, só continuou aqui por vocês. Segundo, como vocês sabem, minha vida é uma correria: treino, colégio, curso, ginástica e bá bá bá... tenho bastando difilculdade de postar aqui sempre, diariamente. Não vou abondar aqui, JAMAIS, mas tenham calma que de repente irei postar. E o fic Little Things irá continuar e estou preparando verdadeiras emoções, então não me abandone. Se quiserem falar comigo, vem pelo twitter. Fã clube: @mefeatmattheus ou o pessoal @juulianadelgado. Amo vocês!

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Respira Megan, respira.

- Oi, Parker - Neymar disse enquanto colocava seu material, que não era muita coisa, na minha mesa. Ele sabe meu sobrenome, senhor.
- Oi - tentei dizer mas minha voz saiu falha. Logo observei ele se sentar do meu lado. A bancada era meio pequena, então, meio que nossas pernas se encostaram debaixo da mesa.
- Sabe que eu sempre percebi você? Assim, sempre nos cantos lendo um livro ou com aquela sua amiga - ele disse e só faltou eu ter um infarto ali na sala. Minha nossa senhora, então quer dizer que ele sabia da minha existência?
- Sério? - perguntei com a voz falha novamente. Dava pra ver de longe meu nervosismo. 
- Claro - ele deu um sorriso gentil. Ah, esse sorriso. Nunca imaginei que o veria tão de perto - mas então, como anda os namorados? 
- Inexistentes - falei em um nível máximo de vergonha e ele riu. Meg, se acalma, você é muito nova pra morrer.
- Eu achei que uma menina como você tivesse algum peguete - ele riu enquanto dizia e corei. Merda. Eu não ia dizer pra ele que nunca tinha beijado na vida.
- Que nada, os meninos de hoje em dia só ligam pra peito e bunda - joguei na cara e pudê perceber que ele ficou desconfortado.
- Nem todos - ele tentou se defender e logo deu um sorriso ingênuo. Pena que ele é um desses meninos que só liga pra aparência, porém, ele não confessa - mas você não deveria se preocupar com isso... Vai que debaixo desses casacos enormes de moletom que você coloca há uma garota com uns peitinhos durinhos e fartos - ele falou na maior normalidade possível. OQUE???? Okay, anota ai: ele não tem a mínima vergonha de falar a respeito do corpo das garotas na frente delas. Mas eu não ligo. Eu sou dele. Então, ele pode fazer o que quiser comigo.
- Nossa, obrigado pela belas palavras - falei fingindo ter sido ofendida.
- Desculpa, mas não era a minha intenção falar isso - ele se desculpou - eu pensei que você fosse atirada e vadia como as outras que eu converso - ele falou verdadeiramente e por um milagre eu não cai da cadeira. ESCUTARAM? Eu, Megan Parker, não sou como as outras. Aiminhanossasinhora, cadê o ar nessas horas?
- Hum... - miei timidamente. A verdade é que eu queria puxar papo com ele e saber mais e mais sobre ele. Mas eu não conseguia.
- Senhor Júnior e senhorita Parker vocês estão atrapalhando a minha aula - ouvi o professor reclamar. Logo olhei para Jess, que me olhava de volta. Ela simplesmente bufou e fez um sinal negativo com a cabeça. É, eu tenho que me desculpar com ela.
- Desculpa, professor - desculpei-me e Neymar ficou calado. Era de se esperar, já que ele e o professor Oliveira não se entendem.
- Está desculpada, da próxima eu vou ter que levar vocês dois para a diretora - ele falou antes de voltar a escrever no quadro. Por mais que o professor Oliveira fosse bonito, ele ás vezes conseguia ser muito chato. E hoje era um dia.


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- Ei, Jess - cutuquei Jessie que estava sentada em um banquinho no lado de fora da escola, já que nós todo dia íamos embora com a mãe dela - por favor, olha pra mim - supliquei e ela continuou olhando a estrada vazia - vai Jess, por favor - implorei com uma voz manhosa. Ela continuou na mesma posição, sem ao menos mover um músculo. 


Sentei do lado dela no banco de madeira e me ajeitei, ficando de lado.


- Você sabe que nossa amizade é tudo pra mim, néh? - eu falei calmamente e pudê escutar ela sussurrando "e a única" mas eu ignorei. A verdade é que eu não tinha outra amiga e ela o mesmo - o que eu tenho que fazer pra você falar comigo? - perguntei.

- Se você realmente se importasse com a minha amizade deixaria de lado esse garoto que mal olha pra você - ela falou rapidamente em um tom alto o que me fez dar um pulo de susto.
- A questão é que você é tudo pra mim - falei - só que o que eu sinto por ele é imenso, algo que eu não consigo explicar - falei em um tom choroso e ela finalmente olhou pra mim.
- Eu entendo que você realmente ame ele, mas... - ela deixou as palavras se perderem - enfim, eu só quero que você se concentre mais na sua vida, não na dele - ela falou em um tom de "mãe protetora".
- Se eu prometer que vou tentar parar de pensar nele por no máximo 1 minuto você volta a falar comigo? - perguntei e ela virou a cabeça pra frente. Olhei na direção que ela olhava e pude ver o carro da mãe dela se aproximando.
- Se eu dissesse não, do mesmo jeito eu teria que te aguentar diariamente - ela disse em um tom engraçado e pude ver um sorriso brotar nos lábios dela.
- Te amo mais, boneca - a abracei e escutei a mãe dela buzinar.
- Eu te amo muito mais, pequena - ela retribuiu o abraço e nós no levantamos do banco e fomos em direção ao carro da tia Lucy.

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- Mãe, cheguei - gritei ao fechar a porta de casa. Minha mãe é uma mulher de 57 anos, porém, tem a saúde de uma pessoa de 110 na beira da morte. Ela não consegue andar e fala palavras dissílabas, no máximo. Pelo o que ela me contou quando eu era mais nova é que a família dela julgava ela por ela ter quase 40 anos e nunca ter engravidado e muito menos ter se casado. Então, ela pediu pra que um cara qualquer tentasse engravidar ela, até que ela conseguiu, porém, foi mais julgada ainda por ser mãe solteira ter dado pra qualquer um. Essa é a razão pela qual eu não conheço meu pai e nunca tive nenhum contato com a família. Como minha mãe sempre disse, a família dela via-nos como "lixos" e "mal-amadas". Mas eu nunca liguei pra isso. Eu amo a minha mãe mais que tudo e não há integrante da família que irá mudar isso - mãe, a senhora quer tomar banho agora ou quer almoçar primeiro? - perguntei ao me aproximar dela que estava deitada no quarto com a televisão ligada.
- Almoço - ela respondeu no tom de sempre. Baixo e calmo, como se fosse um sussurro.
- Ok, vou lá preparar a comida - falei com um sorriso no rosto e dei um beijo na testa dele, indo em direção a cozinha.

Preparei uma sopa de macarrão, assim ela não teria dificuldades de comer. Coloquei um pouco da sopa em um prato e coloquei o prato em cima de uma bandeja, levando a mesma até o quarto dela. Coloquei a bandeja em cima da mesinha de cabeceira que tinha e peguei o prato me sentando na cama, na intenção de levar a colher até a boca dela.
- Não - pude ouvir ela murmurar baixo - sozinha - sussurrou e olhei pra ela apreensiva.
- Sozinha, mãe? - reclamei - nós já conversamos sobre isso... A senhora não vai cons... - antes que eu pudesse terminar de falar ela pegou o prato das minhas mãos e apoiou na barriga dela, logo, ela encheu a colher de sopa e levou até a boca lentamente.
- Eu consigo - ela miou baixinho antes de enfiar a segunda colherada na boca. Eu apenas sorri. Era bom ver que ela tinha força de vontade.
- Ok, mas mesmo assim eu vou ficar aqui e observar você - falei e ela me olhou com aqueles olhos castanhos claros.
- E você? - ela sussurrou e eu suspirei.
- Não se preocupe, eu não estou com fome... Eu vim comendo biscoito com a Jessie no caminho de casa - falei sorrindo sem amostrar os dentes.

Era tão engraçado a situação que eu me encontrava no momento. Não em relação ao Neymar ou a Jessie, mas sim, em relação a minha mãe. Só de pensar que a menos de 2 anos atrás ela ria, brincava e até mesmo corria. Era como se ela tivesse mais energia que eu. Mas, hoje ela se encontra em uma cama no leito de morte. Tudo por causa de um derrame. E sim, eu já tentei convencê-la de fazer um tratamento ou até mesmo fazer uma consulta, mas sempre era a mesma coisa. Ela nunca quer ir e nem se quer deixa eu chamar um médico pra vir até a nossa casa. A verdade é que ela nunca gostava de gastar dinheiro, apesar de ganhar um boa grana da aposentadoria. Eu completamente não sei onde ela enfia tanto dinheiro assim. Mas duas coisas são certas: o seu mundo pode desabar quando você menos espera e as coisas podem mudar radicalmente em um estalar de dedos.

ESSA HISTÓRIA NÃO É AQUELAS QUE VOCÊS ESTÃO ACOSTUMADAS A LER... VAI TER UMA HORAS QUE AS COISAS VÃO MUDAR COMPLETAMENTE SEM AO MENOS VOCÊS ESTIVEREM PREPARADAS.

CRÉDITOS  A MINHA CABRITA


Illusion - Capítulo 1


E lá estava eu, naquela aula entediante. Professor Hudson explicava a matéria de História para a turma, ou melhor, só para mim, já que eu sou a queridinha dos professores e também a única que presta atenção na aula. E acredite, eu finjo prestar, quando na verdade já estou cansada de ouvir a mesma voz enjoante de sempre. Naquela sala TODOS me odiavam, sem exceção. Me chamavam de nerd por gostar de estudar. Pois é, estamos no Canadá em pleno século 21. Naquela escola apenas duas pessoas me importavam. E essas mesmas duas pessoas são as mais importantes da minha vida. Quem são? Bem, a primeira pessoa é minha melhor amiga, e acredite, não há no planeta pessoa mais confiável do que ela. Nos conhecemos na escola, quando entramos na 3ª série juntas e agora estamos no 2º ano do ensino médio e continuamos inseparáveis. Jessie, ou Jess, como eu chamo ela, é uma morena dos cabelos totalmente negros e a pele branquinha, o que me faz a chamar de Branca de Neve. Infelizmente, só temos aula de Biologia e Inglês juntas. E antes que eu faça um relatório enorme de como a Jess é maluca, eu pretendo dizer quem é a segunda pessoa mais importante da minha vida naquela escola. Essa pessoa tem nome e sobrenome, sendo que eu espero ter o sobrenome dele futuramente. Neymar Júnior, mais conhecido como Juninho. Um garoto impecável da boca perfeita e dos olhos cor de mel. Seu cabelo loiro, puxado pro castanho, tem cor de ouro. Aliás, cada pedaço daquele garoto é valioso. Seu físico totalmente atraente, seu sorriso de me deixar sem ar, seu olhar vibrante e penetrante, enfim, só de lembrar o nome dele todos os cabelinhos do meu corpo ficam arrepiados. Mas, infelizmente, ele é o capitão do time de basquete, isto é, o chefão da escola que manda em tudo e tem qualquer garotinha aos seus pés. Incluindo eu. Suas roupas são de marca e seu carro é uma BMW branca. Se ele é rico? Querida, um móvel da casa dele deve custar a minha casa. Sem exagero nenhum. Mas enfim, sou apaixonada por ele desde a 4ª série, quando ele entrou na escola. Porém, foi ficando metido e "popularzinho", o que fez ele mudar radicalmente. E sim, ele era diferente. Mas vamos esquecer ele pelo menos um minuto, o que pra mim, é quase impossível, e vamos falar sobre mim. Prazer, sou Megan Parker, uma nerd do Canadá que tem apenas uma amiga e é totalmente fascinada por um garoto que não deve saber nem da sua existência. Moro com minha mãe, um mulher de 57 anos doente, e não tenho irmãos. Sim, sou filha única. Meu pai eu nunca conheci, mas pelo que minha mãe fala sobre ele, eu nem quero conhecer. Meus avós maternos estão mortos e meus avôs paternos eu também não conheço. Então já entendeu que sem a minha mãe eu estou sozinha no mundo. E não, não conheço nenhum tio e nenhum primo. Minha mãe não gosta de ter contato com a família, e assim, foi pra um lugar bem longe deles e me levou com ela. Essa é minha vida, esse é meu clube.

Meus pensamentos foram interrompidos com o sinal do intervalo tocando. E assim, eu virei minha cabeça para trás para observar Neymar, que estava prestes a fazer o que sempre fazia. Guardar os cadernos dentro da mochila, fechar a mesma, esfregar as mãos uma nas outras e passar elas pelo cabelo, deixando seu penteado mais perfeitinho do que já é. Dito e feito. Acompanhei cada movimento que ele fazia, como sempre fiz. Eu sei cada mania que ele tem. De ficar passando a mão no cabelo quando está nervoso, ou, até mesmo de morder os lábios quando se concentra em algo. Não há uma mania dele que eu não saiba. Aliás, tem sim. As caras que ele faz enquanto está transando com uma garota. Pois é, nunca tive essa oportunidade. Mas espero ter e completar o meu álbum que eu fiz só dele.

Senti o perfume de sempre passar ao meu lado e ir em direção a porta. Aquele perfume era um vício pra mim, totalmente. Segui com o olhar cada passo dele até sair da sala. Só acordei para a vida quando ele tinha finalmente saído fora de foco, assim, eu pude concentrar-me na minha vida. Suspirei fundo e guardei meu material na mochila. Me levantei e reparei que era a única pessoa naquela sala. Peguei meu iPod que estava no bolso e conectei com meu fone de ouvido. Logo, coloquei na música The Scientist do Coldplay já sentindo meu lado emocional falar mais alto e sai daquela sala vazia, rumo ao refeitório.

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- Eu estava pensando de a gente comprar umas besteiras e assistir um filme lá em casa - Jess falava, porém, meu foco no momento era o amor da minha vida sentado na mesa do lado - Meg, tá me escutando? - ela me sacudiu, fazendo-me olhá-la com meu pior olhar de raiva.
- Eu já te disse que quando eu estiver apreciando ele é pra me deixar quieta - murmurei irritada voltando a minha atenção pra ele que ria enquanto conversava com seus amigos e tinha que aguentar as vadiazinhas que o rodeava.
- Você tem duas opções: ou ir logo falar com ele ou esquecer da existência dele - Jess reclamou como se fosse a coisa mais fácil do mundo.
- Bebeu? Eu falar com ele? Jess, olhe para mim e depois olhe para ele... E já o fato de esquecer... Bom, isso é impossível - disse como se fosse óbvio e ela revirou os olhos.
- Essa sua paixão platônica por ele faz muito mal pra você, só você não percebe - ela resmungou num tom autoritário. 
- Eu amar um garoto mais do que amar a minha própria vida te incomoda tanto assim? - perguntei e ela olhou pra mim incrédula. Logo pude ouvir o sino tocar, alertando pros alunos voltarem pra sala.
- Sim, incomoda, e muito - ela falou, logo se levantou bruscamente e saiu andando em direção a sua devida sala.

"Se ela soubesse o tamanho do amor que eu sinto por ele, nunca, nunca mesmo, iria reclamar do meu jeito de agir perante a ele" pensei comigo mesma e me preparei pra voltar pra sala. 

Agora seria Biologia, então eu faria dupla com a Jessie. Levantei daquela cadeira no meio do refeitório e segui o caminho pra minha sala. Ao chegar, arrumei minha mochila pra ir pra sala de Biologia e percebi que só tinha duas pessoas além de mim na sala, e uma delas, era ele. Instantaneamente fiquei o olhando, hipnotizada. O que eu sentia por aquele ser humano era surreal. Eu poderia me matar só pra fazê-lo feliz. Novamente lá estava eu, vidrada, naquele garoto que tira meu fôlego só com um sorriso. E pela força do meu olhar, ele, infelizmente, percebeu que eu o fitava. Logo, ficou me olhando ali, feito uma boba apaixonada, e deu um sorriso antes de colocar a mochila nas costas e sair daquela sala. Se eu morri?

Anos e anos esperando um olhar dele e ele finalmente me deu um sorriso. Apenas um sorriso, mas pra mim, uma garantia de uma vida feliz pelos próximos meses, ou anos.

Pude sentir uma lágrima escorrer pelo meu rosto por causa da emoção e a enxuguei com um sorriso radiante no rosto. Logo, coloquei minha mochila nas costas e sai daquela sala mais feliz do que o normal.

Entrei na sala de Biologia e percebi que o par de Neymar tinha faltado. Ótimo, não suporto o par dele. Aquela vadiazinha da Thifanny fica praticamente a aula toda ajeitando o cabelo e tentando chamar atenção dele, mas, ele não dá bola pra ela. Graças.
Me sentei ao lado de Jess que não estava com uma cara boa. Revirei os olhos e vi o professor de Biologia entrando. O sr. Oliveira era com certeza o professor mais bonito e sensual daquela escola, o que fazia as vadias da sala prestarem atenção na aula. Ou nele. Mas, isso não importa.

- Abram o livro na página 51, por favor - o professor pediu com aquela voz grossa e todos abriram, exceto uma.
- Professor, eu esqueci meu livro em casa - Neymar falou e Jessie sussurrou no meu ouvido um "se você olhar pra ele agora eu saio de perto de você" - e meu par faltou.

Eu, obviamente, não aguentei e olhei para trás, visualizando a beleza daquele ser de outro mundo. Por que tão lindo?

- Eu avisei - Jess falou num tom de raiva e se levantou da cadeira bruscamente fazendo a sala toda olhar pra ela.
- Onde vai, senhorita Thompson? - o professor perguntou a Jessie.
- Só volte a falar comigo quando você conseguir esquecer esse garoto por pelo menos 1 segundo - ela sussurrou para mim e se virou, indo sentar junto com Becky, uma rockeira que se veste toda de preto e não fala com ninguém. Todos naquela sala ficaram surpresos, até mesmo eu. Ninguém nunca, nunca mesmo, sentou ou até mesmo ficou tão perto assim da Becky.
- Por que trocou de par, senhorita Thompson? - o professor Simpson perguntou.
- Uns problemas pessoais na qual eu não vou dizer - Jess disse curta e grossa. É, ela realmente estava brava.
- Bom, já que a senhorita Parker ficou sem parceiro e a parceira do senhor Júnior faltou - o professor disse e meu coração começou a acelerar. Não, ele não ia dizer aquilo - senhor Júnior, poderia se sentar com a senhorita Parker por favor?

Merda, ele disse.

Illusion - Sinopse


Você sabe como é se sentir invisível?
Você sabe como é ter nojo de si mesma?
Você sabe nas más consequências que uma aposta simples pode trazer em sua vida?
Você sabe como é encarar um pesadelo e infelizmente saber que isso é a vida real?

Não existem contos de fadas.
Não existem finais felizes.
Não existe alma gêmea.

Mas existe amor não-correspondido, que vem junto com a dor.
E talvez essa dor te faça amadurecer.

É como o ditado diz: nem tudo que a gente quer, a gente pode.

Mas alguma vez disseram: tudo que a gente não quer, a gente tem?

Classificação: +14

Categorias: Neymar Júnior e outros.

Gênero: Drama.

Contêm: Sexo, violência e realidade.

Quem diria que a doce menina de uma simples escola do Canadá seria apenas uma das apostas do capitão e "chefe" da escola?
Será que foi destino?

10 COMENTÁRIOS PRO PRIMEIRO CAPÍTULO.

Little Things - Parte 7

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-  Aquilo que perdemos arranja sempre uma maneira de voltar pra nós.

~2 dias depois
 Meus pais estão se divorciando, meu pai está dormindo no quarto de empregadas. Minha vida mudou. Não recebi mais nenhuma ameaça de morte ou algo do tipo.Depois do que eu fiz com aquela garota ela parece que não ia mexer mais comigo. Será? O que ela é do Júnior? Namorada? AAAAAH, quero o Mattheus aqui. Ele não me ligou nenhum dia depois que viajou, agora, se ligou eu não sei porque meu celular está desligado por 48horas.
 Estava prestando atenção na explicação do professor Walden sobre o mecanismo de fecundação das bactéria em nosso corpo, quando o sinal bate.
Nathália: Amiga -disse ela vindo atrás de mim- você não quer contar o que aconteceu no bar, naquele dia?
 Não falei a ninguém sobre o que aconteceu naquele dia. Não só naquele dia mas sobre os meus pais, também. 
 Nathália percebeu o fracasso da pergunta e continuou, e atrás de mim.
Nathália: O que está acontecendo com você? Você está estranha a uns dias, fica calada...
Villu: Amiga -virei a ela- estou bem, juro!
Nathália: Não, você não está bem.
 Sabia que não poderia enganar/esconder minha melhor amiga, se conhecemos a 10 anos, afinal.
Villu: Nathi, por favor. Depois se conversamos então.
 Sai daquela sala de aula e encontrei o Thiago e seus amigos lá fora. Fomos andando até em casa. No meio do caminho, ouço alguém chamando meu nome, vejo que é o Rodrigo dentro do seu carro.
Villu: Vai andando, daqui a pouco estou em casa.
Thiago: Tem certeza?
Villu: Tenho.
Thiago me deu um beijo na bochecha e voltou a andar em direção a nossa casa. Revirei-me indo até o carro do Rodrigo. Coloquei o corpo do corporal pra cima na janela do carona.
Rodrigo: Quero falar com você, entra ai.
Villu: Não quero falar com ninguém, Rodrigo.
Rodrigo: Não vou te levar a lugar nenhum que você não queira. -riu
Villu: Promete?
Rodrigo: Prometo. -sorriu
Rodrigo me levou à Pedra da Urca. Porém não subimos -é claro-, tinha uns banquinhos ali em baixo e ficamos ali mesmo.
 Rodrigo: Villu, o que há de errado? -por incrível que parece sua expressão estava séria, dificilmente ele fica assim.
 As vezes não falo o que acontece comigo com medo de está incomodando ou até mesmo atrapalhando uma pessoa, só isso.
Não queria falar as ameaças e a garota. Isso não é muito sério mas me abalou um pouco.
Rodrigo: Confia em mim. -ele colocou sua mão sobre  a minha que estava em cima da mesa.
Villu: Há dois dias atrás eu recebi ameça de morte -ele ficou espantado- e... ontem uma... uma garota tentou me matar.
 Pode ser até exagerado 'matar',mas vai que ela tivesse uma faca ou algo pontudo?
 Contei ao Rodrigo o que aconteceu com os mínimos detalhes -ele exigiu- e o recado pra ficar, bem, longe do Júnior.
Rodrigo: E como era a garota?
Villu: Hmm.. loira, cabelos cumpridos e do tipo gostosa pra vocês homens. -ele riu loucamente-
Rodrigo: Vou bater um papo com o Júnior.
Villu: Você não vai bater papo com ninguém. -o encarei.
Rodrigo: Porque não?
 Tudo do Rodrigo é porque e isso me irrita profundamente. Porque sim.
Villu: Porque não, Rodrigo, a garota que foi ameaçada foi EU -bati no peito com ênfase- EU. Ninguém vai se envolver com isso, deixa pra lá.
 Parece que minha resposta convenceu ele.
 Saímos dali, passamos no drive thru do Mc Donald's e voltamos pra casa.
 Ah, meu Deus! Esqueci do curso.


[...]

 Depois do curso fui praticar Wake Board na Lagoa. Quando estava indo embora encontrei o Ricardo, irmão do Rodrigo, que estava com seu outro irmão.
Ricardo: Iae! -disse me cumprimentando
Villu: Oi. -sorri.
 O seu irmão não deve gostar de mim. Até porque ele não fala comigo e nem chegou perto de mim, tipo agora.
Ricardo: Não sabia que você praticava Wake -disse me ajudando a colocar a prancha de Wake no meu carro.
 [...] Cheguei em casa, me banhei e preparei um mix de vitamina pra beber. Thiago estava com o Bernardo e a Juliana em seu quarto. Meu pai não está em casa.
Villu: Cade meu pai? -disse entrando no quarto onde minha mãe estava
Kátia: Sei lá. -respondeu sem tirar os olhos da revista
Villu: Qual é o teu problema?
Kátia: O meu problema é que meus filhos querem mandar em mim...
 Interrompi seu pequeno sermão.
Villu: Não queremos se meter na sua vida, mas à dias atrás você estava se derretendo como uma manteiga porque meu pai não dava mais atenção pra gente e VOCÊ -botei enfase- o traí.
 Bati a porta e sai daquele quarto.
 Sei que tenho 19 anos mas não vai ser nada fácil, quem quer ver seus pais se separando? Ninguém. Acho.
 Bernardo é a coisa -não- mais gostosa desse mundo. Thiago não consegue tirar o sorriso bobão da cara. Juliana realizou um sonho, né. O sonho de toda mulher é ser mãe. Acho, também.
" Sua chamada está sendo caminhada pra caixa de mensagem e estará sujeita a cobrança após o sinal. PI .''
 Disse a mulherzinha 3 vezes nas 3 vezes que liguei pro Mattheus. Ai você me pergunta: porque a Nathália não foi se eles são irmãos? Meio-irmãos, por parte de pai.
 Saudades. Saudades dele.
[...] Peguei minha mochila, calcei o tênis e fui pra faculdade. Ah, as aulas foram as mesmas coisas se sempre. Afinal, falta uma semana pra acabas as aulas e essa uma semana será prova de medicina.
Nathália: Amiga, você precisa descontrair um pouco. -disse ela sentada na minha cama com um livro de medicina e comendo pipoca. Ela teve desejo e eu, EU, tive que atender.
Villu: Não, amiga. Preciso de foco... foco. -levei as mãos a cabeça.
Nathália: Foco?
Villu: Para passar direto e não ficar que nem ano passado, umas pessoinhas ai, que em vez de estarem curtindo estava estudando.
 Ela me tacou a minha almofada de minhoca -M I N H O C A- que ganhei do meu primeira namorado. '-' 
 Ainda, Rodrigo, Thomás e Adryan vieram aqui em casa e foram embora depois das 11.
 Acordei com o Thiago me sacudindo e com a expressão de assutado.
Villu: O que foi, animal? -disse me apoiando sobre os cotovelos
Thiago: Carinho, hein!
Villu: Fala logo.
Thiago: É melhor você mesma ver.
 Não entendi o que ele quis dizer. Ele assentiu em direção a porta, me levantei e fui atrás dele, de pijama.
 Desci e encontrei meu pai com umas 3 malas e uma mochila nas costas, bem, cheia.
Villu: Tá -eu sabia o que meu pai estava fazendo porém não estava acreditando- O que você pensa que está fazendo pai?
Cristiano: Estou indo embora. -me olhou
Villu: Você não vai. -falei como se mandasse nele
Cristiano: Eu vou. Porque quando pensei que sua mãe me amava ela estava com outro.
 Isso me tocou. Quer dizer, me bateu.
Pegou suas malas, a mochila e foi indo em direção a porta. E saiu. Foi embora. Não consegui  ver ele partindo porque minha visão ficou turva por conta das lágrimas que tomaram conta dos meus olhos.
 Subi ao meu quarto, troquei de roupa, peguei meu querido e inseparável IPod, coloquei minha playlist que vai de Bruno Mars e Nick Minaj a Sorriso Maroto e Thiaguinho e fui ao mercado comprar minhas gordiçes.
Anna: Se arruma rápido e vem nos buscar. -disse ela em relação a uma balada/festa onde iriamos.
 Nathália, Adryan e Thomás também iriam. E descobri logo depois do Rodrigo me ligar que ele e seus irmãos também iriam. E provavelmente o Júnior. Será?
 Me ARRUMEI e fiquei pronta as 20 p.m em ponto. Peguei a cambada e partimos.
 Minha cabeça não estava pra festas ou algo do tipo mas não podia ficar em casa e brigar com a minha mãe piorando tudo.
 Por isso decidi ir.
 Chegamos lá e fora da casa/boate estava ele. Ele mesmo que você está pensando: o playboy de onde morava, Neymar Júnior. E é claro sua gangue: Rodrigo, Ricardo, Felipe e mais uns carinhas lá.
 Fiquei sobrando em relação a Anna/Thomás, Nathália/Adryan e fui logo agarrando os braços do Rodrigo. Falei com os meninos e entramos.
 A boate era aberta, não havia teto, o que achei muito mega estranho. A noite era tão escura que o brilho das estrelas iluminava o lugar com a ajuda das luzes que tinha. Era uma noite fria.
Ricardo: Você falou que não curtia festas. -falou ele chegando perto, demais, de mim com um copo de vodka na mão.
Villu: Não falei isso.
Ricardo: Hmm -virou o copo de vodka pela garganta a baixo- Você ainda não percebeu?
Villu: O que? -estavamos na pista de dança dançando lentamente uma batida eletrônica.
Ricardo: Que eu sou louco por você.
 Ele chegou bem, mais muito,  mais perto de mim, querendo me beijar. Dei um passo pra trás.
Villu: Epa! E..e..eu -gaguejei- Tchau!
 Queria um abraço bem apertado do Mattheus.
Ele não pode ser o cara certo que vou levar pro resto da vida mas ele estava sendo o cara certo pra mim.
 Como sou orgulhosa não irei mais ligar. u.ú
 Não quis atrapalhar as meninas que estavam dançando e fui em direção a uma salinha que não havia som. Entrei. Não havia som, até ai ok? ( ! ) Porém eles esqueceram de me avisar que só havia casais lá dentro. Ignorei. Entrei e encontrei um poff no canto, sentei. Pluguei meu fone no Ipod, coloquei uma música relaxante, encostei a cabeça na parede lateral e fechei os olhos.
 Abri os olhos e me deparei com aquela sala vazia e um barulho de socos vindo da porta. Olhei em direção a mesma e vi um homem com as duas mãos acima da cabeça encostadas na porta. Percebi que tinha tirada um cochilo ali. Fiquei de pé sem entender nada, absolutamente nada.
Villu: Ei! -disse a ele, que se virou- Júnior?
N.Júnior: Oi, Violetta. -sorriu
Villu: É, bem. O que aconteceu aqui?
N.Júnior: Também não sei -assentiu vindo em minha direção. Seus olhos verdes brilhavam mais do que as estrelas que estava acima de nós.- Vim pra cá porque estava com dor de cabeça, ai fui ao banheiro e quando voltei só encontrei você aqui. E mais, a porta está trancada.
 Vi que seus ferimentos do acidente já tinham seca trisado. Ele vestia uma calça apertada, digamos bem, vermelha e uma camisa em gola V branca.
N.Júnior: Trancada, mesmo. E ainda quando fui tentar abrir, a maçaneta quebrou.
Villu: Ótimo. Estamos presos. -ironizei
N.Júnior: Meu celular está dando fora de área, vê ai o seu.
 Abri minha bolsa, peguei o celular. Maldito celular, estava descarregado.
Villu: Acabou a bateria-guardei o mesmo- Tem como sair por cima.
N.Júnior: Não. Não tem janela ou algo do tipo pra apoiar os pés, as cadeiras sumiram. Agora só resta o poff.
 Acompanhei o olhar do Júnior que estava em direção ao poff onde estava sentada anteriormente.


meus docinhos de cocô, desculpem pela demora mas está aqui. Sei que realmente ficou uma merda, poreém irá melhoras.
Vem avisar a vocês que amanhã ou nos próximos dias estarei publicando uma nova história feita por mim também, e espero que gostem. AMO VOCÊS, BEIJÃO!  

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