Little Things - Parte 10



Cap.: "Lagrimas... sangue sem cor."

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 Deveria ter prestado atenção na aula do Sr.Oliveira, mas não conseguia. Na verdade, algo me prendia naquela classe. Prendia os meus pensamentos fora dali.
Passei boa parte do tempo de aula com a cabeça apoiada nos meus cadernos e livros em cima da mesa, com o capuz sobre meus cabelos. Sem música. 
De uma coisa eu sei: temos que dar um passo para atrás para avançar dois.
O sinal bateu. Nenhuma das minhas amigas foram a escola nesse dia.
Sai de sala e avistando Adryan e Thomás e mais alguns meninos à poucos metros. Fui andando calmamente, quando Thom me avista e sorri.
- E ai, como você está?
- Estou bem, vou ficar -sorri de canto- cadê as meninas?
- Nathália passou mal de madruga mas já está melhor. -disse Adryan
-O que ela tem?
-Acho que ela comeu besteira e com a gravidez não ajudou.
- E o que você está fazendo aqui? Porque não está com ela?
Adryan começou a falar mas logo foi interrompedido pela Raquel que chegou com Mattheus.
- Ah, olha lá,  a garotinha do papai. -provocou Raquel. Respirei fundo, é a minha técnica para evitar estresse.
 - Qual é, Raquel? - disse Thom
- Você que tá traí o gato e depois se faz de vítima, pelo amor. -Raquel mentia.
- Vem, Raquel. Não vamos gastar novo português com gente desse tipo. - disse Mattheus.
Já citei como sou sensível. Muito.
Raquel e Mattheus afastaram-se debochando-se. Ok. 
Que fase.
Vai passar.
Tudo passa.

Dois dias se passaram. Fui as aulas, conseguir dirigir minha atenção ao professor. Em relação ao curso de espanhol, falta só um mês para acabar. Ou seja, UHUUL!
Na parte da tarde, desses dois dias, passei com o Bernardo e a Juliana. 
Meu pai já está morando em outro lugar e me convidou para almoçar com ele amanhã.
Sábado. Acordo, faço minhas higienes matinais e coloca essa roupa.

Sem título #23

- Minha pequena - disse meu pai logo após abrir a porta, em seguida, ele me abraçou. - Entre.
Entrei. Era um apartamento grande, na verdade, bom.
- Senta ali sob a mesa que falta pouco para ficar pronto.
- Qual é o prato, pai?
- É especial. -rimos
O apartamento é localizado há cinco quarteirões de onde moro. Coloquei minha bolsa no sofá e andei em direção a janela. Era um dia quente, um dia comum e agradável para os cidadãos.
- Está pronto, vem filha. -meu pai me chamara depois de ficar uns 5 minutos admirando a bela vista da cidade.
O prato era nhoque à quatro queijos. Hmm!
- Pensei que você tinha falado com o Thiago para vir.
-Falei -bebeu um gole de refrigerante- mas ele ficou chateado ontem, quando veio me ajudar.
-Porque? -perguntei indignada, Thiago não havia dito nada.
-Ele ficou de vir me ajudar a organizar algumas coisas ontem, ele me ligou falando que não viria. Então, falei com o rapaz vizinho e ele veio me ajudar...
- E Thiago ficou bolado por o cara vir te ajudar? -interrompi
-Sim, até parece que você não conhece seu irmão.
- Hmm -continue comendo
- Até chamei o rapaz pra almoçar conosco, porém ele iria almoçar com os pais.
Assenti e terminei de devorar meu nhoque.
-Pai, vou indo. -disse pegando minha bolsa
-Quer que eu te leve?
- Não, não precisa. Só me leve até lá em baixo porque irei me perder. -rimos

-Ai! - reclamei quando alguém esbarrou em mim- Desculpa.