Illusion - Parte 5


- Mas então, qual a sua fruta favorita? - Neymar tentou puxar assunto enquanto estávamos a caminho da casa dele.
- Laranja - falei e sorri sem amostrar os dentes. Eu estava envergonhada demais pra puxar assunto com ele.
- Sério mesmo? - ele falou em um tom alto e surpreso - eu amo suco de laranja - ele completou e eu novamente sorri sem amostrar os dentes. Meu nervosismo já tinha passado dos 100% - porque você é tão quieta? - ele perguntou enquanto tentava prestar atenção no volante e em mim ao mesmo tempo. Eu não fazia a mínima ideia do que responder.
- Não sei - falei olhando um ponto fixo que não seja ele - eu gosto de ser calada - sorri olhando-o e ele apenas balançou a cabeça assentindo com um semblante de incomodado. 
- É aqui - ele falou parando o carro em frente á uma mansão branca com detalhes bege. Nunca tinha visto uma residência tão grande quanto a dele. A entrada tinha um portão de ferro de quase 6 metros e o jardim era imenso. Até chafariz tinha - parece que meu pai está em casa - ele falou meio desapontado e eu continuei calada - vem - ele abriu a porta do carro e logo eu sai do mesmo, fechando a porta. Neymar trancou as portas e me segurou pelos meus ombros, passando pelos portões e adentrando aquela mansão.
- Vai deixar seu carro lá fora? - perguntei ao passar pela garagem cheia de carros luxuosos.
- Dá trabalho entrar com o carro e vai ficar mais fácil quando eu for te levar pra casa - ele falou sorrindo e logo passamos pela porta de 3 metros, enorme, bege e com detalhes dourados.
- Ata - assenti sorrindo sem amostrar os dentes e entrei junto dele na mansão. E man, puta que pariu. Nunca na minha vida eu tinha visto uma sala tão gigante quanto a dele. Para você ter noção, só a sala dele era o tamanho da minha casa. Sem exagero nenhum.
A maioria dos móveis eram de vidro. A TV devia ter umas 100 polegadas e sem contar na lareira luxuosa.
- Sinta-se em casa - ele falou sorrindo e eu sorri. Por um lado eu me sentia maravilhada, e por outro humilhada. 
- Obrigado - sorri e ela sorriu de volta. 
Meu coração devia estar batendo 3x mais do que o normal. Era uma ansiedade imensa, que parecia não caber em mim.
- Quer comer alguma coisa? - perguntou - você deve estar com fome, então eu vou pedir pra Lili preparar algo para nós comermos - ele falou antes mesmo que eu respondesse alguma coisa. Deduzi que Lili era a empregada da casa.
Sentei-me naquele sofá totalmente luxuoso na cor bege e tive a certeza que se eu deitasse nele, eu dormiria até o resto da vida. Era muito, mas muuuuito macio. Oh céus, eu devo estar no paraíso.
- Voltei - ele falou sorrindo e logo estendeu o braço pra que eu pegasse a mão dele - vamos lá pro meu quarto para adiantarmos alguns trabalhos - segurei a mão dele e fui guiada pelo mesmo até as escadas. Passamos pelo escritório do pai dele que ficava ao lado da escada e Neymar adentrou, vendo seu pai mexendo no computador.
- Hey, bro - ele falou e o pai dele desviou a sua atenção do trabalho e nos olhou.
- Filho - ele se levantou daquela cadeira que parecia altamente confortável e veio na nossa direção. Neymar e ele fizeram uns toques legais e logo o pai de |Neymar me fitou.
- Quem é essa princesa? - ele perguntou e eu corei instantaneamente. 
- Pai, essa é a Megan - Neymar falou - e Megan, esse é meu pai, Neymar Pai - ele completou e logo Neymar Pai entendeu sua mão para que eu apertasse. Apertei a mão dele e senti ele me puxar, dando um beijo na minha bochecha. Eu simplesmente fiquei mais corada ainda e meio desconfortável. Tanto que Justin percebeu e riu da minha cara - ela veio pra me ajudar no trabalho de Biologia - falou e Neymar Pai deu um sorriso largo. Sorri de volta.
- Bom trabalho pra vocês - ele falou sorrindo - caso precisem de algo é só falar - completou e nós demos um "tchau" e subimos as escadas em direção ao quarto de Neymar.


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- Seu pai é bem espontâneo - comentei enquanto tirava o livro de Biologia da mochila.
- É, ele sempre fica assim quando aparece uma garota aqui em casa - ele falou ligando o notebook em cima da mesinha perto da janela.
-  O que deve ser quase sempre - pensei alto. Tão alto que Neymar escutou e riu da bobeira que eu tinha dito.
- Nem sempre eu trago garotas pra cá - ele falou - quando eu quero comer alguma eu levo pro motel. Não gosto de fazer sexo com essas vadias na minha própria cama - ele explicou e eu ergui as sobrancelhas e permaneci calada. Minha pressão já devia ter subido depois de saber que eu era uma das únicas que já fui na mansão dos Rika's ~como eram chamados~.
- Hum... - miei e dei um sorriso forçado.
- Mas então, vamos começar? - ele perguntou sentando na cadeira em frente a mesinha.
- Claro - falei e dei um sorriso. Me levantei da cama dele e andei até ele, colocando meu livro de Biologia em cima da mesinha. Apoiei meus cotovelos em cima da mesinha e inclinei meu corpo pra frente. Comecei a ler a matéria porém Justin me interrompeu.
- Megan - ele falou e eu o olhei, vendo que ele olhava para a minha bunda - essa sua posição ai não está pegando muito bem - ele falou olhando pra mim e logo voltou a olhar pra minha bunda. Levantei minha coluna e cruzei os braços, meio tímida.
- Desculpa, mas é que não tem lugar pra sentar - falei e ele riu dos próprios pensamentos.
- Se quiser, pode sentar no meu colo - ele disse com um sorriso safado e corei. Devia estar parecendo um pimentão - estou brincando, calma - ele riu e se levantou da cadeira - pode se sentar no meu lugar... Eu vou lá embaixo pegar outra cadeira pra mim - falou e logo saiu do quarto. Me sentei na cadeira na qual ele estava sentado e fitei o papel de parede do notebook dele. Na foto tinha ele segurando de cabeça pra baixo seus irmãos caçulas (finge que ele tem) , Bárbara e Felipe se não me engano. Eu já tinha ouvido ele comentar sobre eles uma vez com algum amigo pelos corredores na escola.
Aquela foto era realmente muito engraçada e fofa. Por um momento imaginei como seria o Neymar cuidando dos nossos filhos no futuro. Ok, sonhei alto demais agora, porém, ainda tenho esperanças. 
Escutei passos vindo do corredor e me virei, me deparando com Neymar entrando com uma cadeira em mão, logo, colocando-a do meu lado e sentando na mesma.
- Vamos lá - ele falou esfregando a palma das mãos uma nas outra e aproximando o livro um pouco dele.
Comecei explicando a matéria mais difícil, assim eu me livraria logo do esforço para explicar.
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- Neymar? - ouvimos um voz feminina bater na porta e ambos nos viramos para ver quem era.
- ENTRA - ele gritou e logo entrou uma moça baixinha, gordinha e morena com um avental - ah, oi Lili, o que você quer? - ele perguntou e a senhora, digo, Lili, deu cerca de 3 passos, adentrando o quarto.
- O almoço de vocês está pronto - ela sorriu e logo me fitou - e já que você me disse que tinha companhia eu preparei um almoço delicioso.
- Oba - Neymar comemorou e se levantou da cadeira - vem Megan - ele estendeu sua mão para que eu pegasse. Agarrei a mão dele e ele começou a me puxar rapidamente rumo á cozinha. Passamos pela Lili que continuava perto da porta do quarto e ela riu da minha cara de espantada. Descemos as escadas e só de pisar no primeiro andar da casa já dava pra sentir o cheiro gostoso de comida entrando pelas narinas. O prato parecia ser lasanha. Minha comida favorita.
- Aaaah, lasanha - Neymar disse ao chegar na cozinha, fechando os olhos e deliciando o cheiro daquela comida suculenta - não há como não gostar - ele falou já de olhos abertos sorrindo pra mim - e você, Meg? Gosta de lasanha? - perguntou-me e soltou da minha mão para ir logo se sentando para comer.
- É praticamente a minha comida predileta - falei e ele sorriu largamente antes de enfiar o garfo com lasanha na boca.
- Lili, sempre adivinhando nossos gostos por comida - ele falou de boca cheia, o que me fez rir.
Sentei na cadeira, de frente pra ele, e comecei a comer. Aquela lasanha realmente estava deliciosa. Devia ser a melhor lasanha que já tinha provado na vida.
- A comida está boa, crianças? - Lilli adentrou na cozinha e eu ri com o "crianças".
- Está ótima, Lili - Neymar falou de boca cheia, logo, levando o copo com coca-cola á boca.
Eu comi educadamente, diferente de Neymar, que só faltava devorar a mesa de tão esganado que era.
Nunca imaginei que teria a chance de almoçar na casa do Neymar, muito menos passar a tarde com ele. Isso sempre esteve nos meus planos, porém, nunca pensei que conseguiria concretizá-los. Parecia um sonho, mas só era pura sorte. Uma sorte que eu venho esperado toda a minha vida. Uma sorte que eu irei aproveitar até o último segundo.

Cerca de 20 depois ali se deliciando com a lasanha, finalmente acabamos. Só o Neymar comeu 3 pedaços enquanto eu quase não aguentei comer nem 1 e meio. Minha barriga tava pra explodir. Parecia que nunca tinha comido tanto na vida. E pra completar ainda tinha a sobremesa.
A sobremesa era apenas sorvete de creme, mas mesmo assim estava de bom tamanho. Na minha casa não deve ter sorvete há uns 8 meses. Pois é, tive que sobreviver com os picolés baratinhos que vendiam na cantina da escola.
Quem colocou as bolas de sorvete dentro das taças foi o Neymar, que foi um tremendo malandro, pois colocou apenas 2 bolas de sorvete pra mim enquanto colocou 4 pra ele. Mas mesmo assim, quando ele já estava acabando de comer a taça inteira, eu ainda estava no final da minha 1º bola.
- Ei - ele me chamou enquanto me observava saborear meu sorvete - me dá um pouquinho aí? - ele perguntou tentando enfiar a colher dentro da minha taça, porém, eu recuei.
- Não, você já comeu, e ainda por cima, mais do que eu - reclamei e levei a colher com sorvete á boca.
- Por favor - ele implorou enquanto novamente tentava colocar a colher dele dentro da minha taça - é só um pouquinho - novamente recuei minha mão e ele olhou pra mim com uma cara de indignado - você não vai me dar um pouquinho? - ele perguntou com um olhar desafiador.
- Não - falei e levei outra colher á boca.
- Se não der por bem... - ele falou e logo começou a se aproximar de mim, que estava encostada no balcão da cozinha - vai dar por mal - ele sorriu maliciosamente e eu já tinha ideia da guerra que ia ter. Antes que eu pudesse raciocinar, eu sai correndo da cozinha sendo seguida por ele que corria na esperança de devorar meu sorvete. Subi as escadas correndo tomando o máximo de cuidado pra não tropeçar e deixar minha taça cair no chão. Cheguei ao quarto dele e quando já estava virando pra fechar a porta e trancá-la, era tarde demais. Neymar já tinha me alcançado, então me impediu de fechar a porta. Comecei a dar passos para trás, com medo de perder meu pobre sorvete. Ah, tivemos bons momentos juntos... não pera.
Percebi que estava sem saída quando senti minha bunda esbarrar na mesinha perto da janela. É, eu estava encrencada. Meu rosto provavelmente devia estar vermelho por causa da correria, e eu tentava respirar fundo. Neymar se aproximava cada vez mais com aquele sorrisinho malicioso dele até que ele se aproximou muito perto de mim. Perto demais. Eu pudia sentir sua respiração. Naquelas horas eu nem estava mais me preocupando com o sorvete. E antes que eu tentasse saber o que ele estava pensando em fazer, ele fez. Seus dedos magrelos começaram a cutucar minha barriga, me fazendo rir aloucadamente e deixar a taça cair no chão. Era algum tipo de sonho ou Neymar Júnior realmente estava me fazendo cosquinha?
Eu ria feito uma descontrolada. Cheguei a cair no chão de tanto rir, e mesmo assim o Justin continuou. Nós ríamos tanto que nossas barrigas chegavam a doer. Neymar ficou por cima de mim, fazendo mais cosquinhas ainda pelo meu corpo todo.Porém, por um momento, ele parou instantaneamente e eu abri os olhos pra entender o que tinha acontecido. Quando percebi nossos lábios estavam muito próximos. Cerca de 5 centímetros. Mas eu não tinha reação. Ele estava prestes a me beijar e eu simplesmente não tinha reação. E antes que nossos lábios se tocassem, eu finalmente tive uma reação.
- Poderia me levar pra casa? 


CRÉDITOS A MELHOR!

7 COMENTARIOS PRO PRÓXIMO.

9 comentários:

Oi ! Vai comentar ?! Awn, que Diva !

- Fale do Capítulo .. Chato ? Engraçado ? Triste ? Divo ?
- Não fale mal do Blog e nem do Neymar ! Aceito Críticas construtivas. :)
- Comentar sempre que puder!
- Lembre-se : Neymar é um gostosão.