Illusion - Capítulo 1


E lá estava eu, naquela aula entediante. Professor Hudson explicava a matéria de História para a turma, ou melhor, só para mim, já que eu sou a queridinha dos professores e também a única que presta atenção na aula. E acredite, eu finjo prestar, quando na verdade já estou cansada de ouvir a mesma voz enjoante de sempre. Naquela sala TODOS me odiavam, sem exceção. Me chamavam de nerd por gostar de estudar. Pois é, estamos no Canadá em pleno século 21. Naquela escola apenas duas pessoas me importavam. E essas mesmas duas pessoas são as mais importantes da minha vida. Quem são? Bem, a primeira pessoa é minha melhor amiga, e acredite, não há no planeta pessoa mais confiável do que ela. Nos conhecemos na escola, quando entramos na 3ª série juntas e agora estamos no 2º ano do ensino médio e continuamos inseparáveis. Jessie, ou Jess, como eu chamo ela, é uma morena dos cabelos totalmente negros e a pele branquinha, o que me faz a chamar de Branca de Neve. Infelizmente, só temos aula de Biologia e Inglês juntas. E antes que eu faça um relatório enorme de como a Jess é maluca, eu pretendo dizer quem é a segunda pessoa mais importante da minha vida naquela escola. Essa pessoa tem nome e sobrenome, sendo que eu espero ter o sobrenome dele futuramente. Neymar Júnior, mais conhecido como Juninho. Um garoto impecável da boca perfeita e dos olhos cor de mel. Seu cabelo loiro, puxado pro castanho, tem cor de ouro. Aliás, cada pedaço daquele garoto é valioso. Seu físico totalmente atraente, seu sorriso de me deixar sem ar, seu olhar vibrante e penetrante, enfim, só de lembrar o nome dele todos os cabelinhos do meu corpo ficam arrepiados. Mas, infelizmente, ele é o capitão do time de basquete, isto é, o chefão da escola que manda em tudo e tem qualquer garotinha aos seus pés. Incluindo eu. Suas roupas são de marca e seu carro é uma BMW branca. Se ele é rico? Querida, um móvel da casa dele deve custar a minha casa. Sem exagero nenhum. Mas enfim, sou apaixonada por ele desde a 4ª série, quando ele entrou na escola. Porém, foi ficando metido e "popularzinho", o que fez ele mudar radicalmente. E sim, ele era diferente. Mas vamos esquecer ele pelo menos um minuto, o que pra mim, é quase impossível, e vamos falar sobre mim. Prazer, sou Megan Parker, uma nerd do Canadá que tem apenas uma amiga e é totalmente fascinada por um garoto que não deve saber nem da sua existência. Moro com minha mãe, um mulher de 57 anos doente, e não tenho irmãos. Sim, sou filha única. Meu pai eu nunca conheci, mas pelo que minha mãe fala sobre ele, eu nem quero conhecer. Meus avós maternos estão mortos e meus avôs paternos eu também não conheço. Então já entendeu que sem a minha mãe eu estou sozinha no mundo. E não, não conheço nenhum tio e nenhum primo. Minha mãe não gosta de ter contato com a família, e assim, foi pra um lugar bem longe deles e me levou com ela. Essa é minha vida, esse é meu clube.

Meus pensamentos foram interrompidos com o sinal do intervalo tocando. E assim, eu virei minha cabeça para trás para observar Neymar, que estava prestes a fazer o que sempre fazia. Guardar os cadernos dentro da mochila, fechar a mesma, esfregar as mãos uma nas outras e passar elas pelo cabelo, deixando seu penteado mais perfeitinho do que já é. Dito e feito. Acompanhei cada movimento que ele fazia, como sempre fiz. Eu sei cada mania que ele tem. De ficar passando a mão no cabelo quando está nervoso, ou, até mesmo de morder os lábios quando se concentra em algo. Não há uma mania dele que eu não saiba. Aliás, tem sim. As caras que ele faz enquanto está transando com uma garota. Pois é, nunca tive essa oportunidade. Mas espero ter e completar o meu álbum que eu fiz só dele.

Senti o perfume de sempre passar ao meu lado e ir em direção a porta. Aquele perfume era um vício pra mim, totalmente. Segui com o olhar cada passo dele até sair da sala. Só acordei para a vida quando ele tinha finalmente saído fora de foco, assim, eu pude concentrar-me na minha vida. Suspirei fundo e guardei meu material na mochila. Me levantei e reparei que era a única pessoa naquela sala. Peguei meu iPod que estava no bolso e conectei com meu fone de ouvido. Logo, coloquei na música The Scientist do Coldplay já sentindo meu lado emocional falar mais alto e sai daquela sala vazia, rumo ao refeitório.

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- Eu estava pensando de a gente comprar umas besteiras e assistir um filme lá em casa - Jess falava, porém, meu foco no momento era o amor da minha vida sentado na mesa do lado - Meg, tá me escutando? - ela me sacudiu, fazendo-me olhá-la com meu pior olhar de raiva.
- Eu já te disse que quando eu estiver apreciando ele é pra me deixar quieta - murmurei irritada voltando a minha atenção pra ele que ria enquanto conversava com seus amigos e tinha que aguentar as vadiazinhas que o rodeava.
- Você tem duas opções: ou ir logo falar com ele ou esquecer da existência dele - Jess reclamou como se fosse a coisa mais fácil do mundo.
- Bebeu? Eu falar com ele? Jess, olhe para mim e depois olhe para ele... E já o fato de esquecer... Bom, isso é impossível - disse como se fosse óbvio e ela revirou os olhos.
- Essa sua paixão platônica por ele faz muito mal pra você, só você não percebe - ela resmungou num tom autoritário. 
- Eu amar um garoto mais do que amar a minha própria vida te incomoda tanto assim? - perguntei e ela olhou pra mim incrédula. Logo pude ouvir o sino tocar, alertando pros alunos voltarem pra sala.
- Sim, incomoda, e muito - ela falou, logo se levantou bruscamente e saiu andando em direção a sua devida sala.

"Se ela soubesse o tamanho do amor que eu sinto por ele, nunca, nunca mesmo, iria reclamar do meu jeito de agir perante a ele" pensei comigo mesma e me preparei pra voltar pra sala. 

Agora seria Biologia, então eu faria dupla com a Jessie. Levantei daquela cadeira no meio do refeitório e segui o caminho pra minha sala. Ao chegar, arrumei minha mochila pra ir pra sala de Biologia e percebi que só tinha duas pessoas além de mim na sala, e uma delas, era ele. Instantaneamente fiquei o olhando, hipnotizada. O que eu sentia por aquele ser humano era surreal. Eu poderia me matar só pra fazê-lo feliz. Novamente lá estava eu, vidrada, naquele garoto que tira meu fôlego só com um sorriso. E pela força do meu olhar, ele, infelizmente, percebeu que eu o fitava. Logo, ficou me olhando ali, feito uma boba apaixonada, e deu um sorriso antes de colocar a mochila nas costas e sair daquela sala. Se eu morri?

Anos e anos esperando um olhar dele e ele finalmente me deu um sorriso. Apenas um sorriso, mas pra mim, uma garantia de uma vida feliz pelos próximos meses, ou anos.

Pude sentir uma lágrima escorrer pelo meu rosto por causa da emoção e a enxuguei com um sorriso radiante no rosto. Logo, coloquei minha mochila nas costas e sai daquela sala mais feliz do que o normal.

Entrei na sala de Biologia e percebi que o par de Neymar tinha faltado. Ótimo, não suporto o par dele. Aquela vadiazinha da Thifanny fica praticamente a aula toda ajeitando o cabelo e tentando chamar atenção dele, mas, ele não dá bola pra ela. Graças.
Me sentei ao lado de Jess que não estava com uma cara boa. Revirei os olhos e vi o professor de Biologia entrando. O sr. Oliveira era com certeza o professor mais bonito e sensual daquela escola, o que fazia as vadias da sala prestarem atenção na aula. Ou nele. Mas, isso não importa.

- Abram o livro na página 51, por favor - o professor pediu com aquela voz grossa e todos abriram, exceto uma.
- Professor, eu esqueci meu livro em casa - Neymar falou e Jessie sussurrou no meu ouvido um "se você olhar pra ele agora eu saio de perto de você" - e meu par faltou.

Eu, obviamente, não aguentei e olhei para trás, visualizando a beleza daquele ser de outro mundo. Por que tão lindo?

- Eu avisei - Jess falou num tom de raiva e se levantou da cadeira bruscamente fazendo a sala toda olhar pra ela.
- Onde vai, senhorita Thompson? - o professor perguntou a Jessie.
- Só volte a falar comigo quando você conseguir esquecer esse garoto por pelo menos 1 segundo - ela sussurrou para mim e se virou, indo sentar junto com Becky, uma rockeira que se veste toda de preto e não fala com ninguém. Todos naquela sala ficaram surpresos, até mesmo eu. Ninguém nunca, nunca mesmo, sentou ou até mesmo ficou tão perto assim da Becky.
- Por que trocou de par, senhorita Thompson? - o professor Simpson perguntou.
- Uns problemas pessoais na qual eu não vou dizer - Jess disse curta e grossa. É, ela realmente estava brava.
- Bom, já que a senhorita Parker ficou sem parceiro e a parceira do senhor Júnior faltou - o professor disse e meu coração começou a acelerar. Não, ele não ia dizer aquilo - senhor Júnior, poderia se sentar com a senhorita Parker por favor?

Merda, ele disse.

6 comentários:

  1. Awn... Paixão de escola... Ja sofri tanto com isso kkkk e realmente tudo que ela ve nele é o que me faz amar ele kkk cada mexida no cabelo, etc...
    Ja to amando <3...
    Posta mais *-*

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  2. perfeitoooooo esse primeiro capitulo! continua rápido, pfvrrrrr *-*

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