Little Things - Parte 8

AVISO: No final dessa postagem terá aviso e, ao vir da postagem, uma homenagem. 


Anteriormente:  
Vi que seus ferimentos do acidente já tinham seca trisado. Ele vestia uma calça apertada, digamos bem, vermelha e uma camisa em gola branca.
N.Júnior: Trancada, mesmo. E ainda quando fui tentar abrir, a maçaneta quebrou.
Villu: Ótimo. Estamos presos. -ironizei
N.Júnior: Meu celular está dando fora de área, vê ai o seu.
 Abri minha bolsa, peguei o celular. Maldito celular, estava descarregado.
Villu: Acabou a bateria -guardei o mesmo- Tem como sair por cima.
N.Júnior: Não. Não tem janela ou algo do tipo pra apoiar os pés, as cadeiras sumiram. Agora só resta o poff.
 Acompanhei o olhar do Júnior que estava em direção ao poff onde estava sentada anteriormente.


~Neymar Júnior no comando
Villu: Deixa eu tentar.
 Villu retirou os sapatos, colocou os mesmos no chão, encostou o puff o máximo possível na parede e subiu no mesmo. Dava para perceber que com um impulso seria capaz de alcançar a parte superior e plana do muro. Talvez. E foi o que ela fez, deu um impulso e pulou para agarrar a parte de cima. Sua mão escorregou e ela voltou com força sobre o puff, que não aguentou o impacto e quebrou-se em zilhões de pedaços, machucando Violetta. Andei rapidamente até ela que estava com uma das pernas sangrando e expressão de dor. Agachei ficando perto da mesma.
 Observei que não era nada grave e sim uns cortes.
N.Júnior: Você é uma burra, sabia? -ri, peguei um lenço que estava dentro da minha carteira.
Villu: Isso eu sei... AI AI AI! -gritou de dor- Mas não precisa lembrar-me todo tempo.
N.Júnior: Não foi minha intenção.
 Peguei o lenço, passei em volta da sua perna '' rasgada'' pela madeira, que estava sangrando e amarrei. 
N.Júnior: Pronto. -disse em relação ao curativo que havia feito em sua perna.
Villu: Obrigada. -dei um leve sorriso de canto.- Porque você tem um lenço na sua carteira?
N.Júnior: Vai que acontece o que acabou de acontecer?! Nunca sabemos.
Villu: Ah é! Para você socorrer todas as garotas que vão atrás de você.
N.Júnior: Que?

~Violetta Becker no comando
 Ops! Escapoliu! Na conversa que tive com o Rodrigo na Urca, ele me contou bastante coisa sobre o Júnior, como: ele dorme só de cueca e acorda sem ela; que deu seu primeiro beijo aos 9 anos; e que tem todas as garotas de Cabo Frio ao seus pés.
 Tipo, uma biografia.
Villu: É...é -gaguejei.
N.Júnior:  Rodrigo me explanando! Tá certo!
 Balancei a cabeça com um sim gero sinal de sim. Júnior me ajudou a levantar e fomos para uma parte coberta de menos de um metro.
 Não tinha-mos como sair dali, o que restava era dormir e esperar amanhecer. Para mim, era meio que impossível. Para piorar a situação, começou a chover. E muito. Praga. Tudo o que eu menos queria. Trancados sozinhos em uma boate mega estranha onde não havia teto - com uma mega gato ao meu lado, Neymar Júnior- levarei ponto na canela por causa do querido poff, e agora a bendita mãe natureza mandou água do céu. [...]
N.Júnior: Tá com frio? -ele perguntou depois de reparar, com toda certeza, que eu estava tremendo.
Villu: Não. Estou tremendo porque estou com medo do bicho papão me pegar.
 Ele deu uma risada cativante.
N.Júnior: Já entendi porque você e o Rodrigo se deram bem -disse em meio a risadas- Posso?
 Percebi o que ele queria com isso.
Villu: É.. não tem outra maneira.
N.Júnior: Tenho um dom para aquecer.
 Dei uma risada suave.
Villu: Virou Jacob?
 Os poucos centímetros que existia de distância entre nós, passou a não existir mais.
 É, ele estava falando a verdade. Me aqueceu em poucos minutos.

Acordamos com uma barulho de algo forte batendo em uma madeira. Madeira sendo destruída. Neymar se levantou rapidamente, continuei deitado devido ao ferimento na perna. A porta foi arrombada aparecendo logo depois um policial, e atrás o Mattheus que foi em direção ao Júnior, pegando-o pela gola de sua camisa e o pressionando-o na parede.
Mattheus: Você vai pagar pelo o que fez, seu @#*@#!
Policial: Epa, epa! -disse afastando os dois.
Villu: Mattheus?!... -ele me interrompeu-
Mattheus: Ele playboyzinho te machucou? Te estrupiu? - veio até a mim, que sentei.
Villu: Não, Mattheus.- falei firme. Ele continuou falando- Não. -continuou- Não, Mattheus. PARA -gritei.
Policial: Precisamos levar vocês para a delegacia.
Villu: Pra que?
Policial: Precisamos do depoimento de vocês para saber o que aconteceu.
Villu: Não vou.
Mattheus: Ah, você vai sim.
Villu: Calado, Mattheus.
[...]
Villu: Precisamos conversar. -falei firme.
 Depois de 3 horas na delegacia, passei no hospital e levei 17 pontos na lateral da canela. Chegamos em casa. Eu e Mattheus.
Mattheus: Você tem que me ouvir primeiro. -assenti- O que está acontecendo com você? Tá andando com pessoas erradas? Usando drogas?
Villu: O que? -falei indignada- Você sabe o tamanho da merda que está dizendo?
Mattheus: Você está me traindo, Violetta?
 Não acreditei no que acabei de ouvir.
Matheus: Com aquele marginal?
 Não. Não podia aguentar aquilo sem dar uma palavra.
Villu: Quem quase morreu por você fui eu, que te vi agarrada com uma vadia -tentava ser forte, sem deixar uma lágrima rolar, e estava conseguindo- e depois te perdoei, foi eu. Quem te ligou vááááárias vezes enquanto você estava viajando? Foi eu. E você me atendeu? NÃO.
 Para esquentar mais ainda a situação, meu celular toca. O aparelho estava ao lado do Mattheus, o mesmo pega-o. Viu a tela e sem dor e piedade taca o >meu< celular pela janela.
DON'T BELIEVE.
Villu: Sai da minha casa, seu animal. SAI -gritei-
 Não sei da onde tirei força para andar e empurra-lo por causa da minha perna que gritava de dor. Porém, minha raiva gritava muito mais alto.


 Estava em um paraíso. Não sei aonde. Era uma mistura de urbanização com natureza. Londres e Miami? Barcelona e Sidney? Não sei. Só sei que tudo era como eu sempre queria. Morar num lugar como esteve. E eu morava. A minutos atrás quando acordava e vi o amor da minha vida surfando da janela do nosso quarto, era tudo tão real. Ele tinha olhos verdes cor de mel, um sorriso torto, um brilho no olhar e uns traços angelicais. Agora estou sentada nas areias finas de Miami ou Sidney vendo o amor da minha vida vindo até o meu encontro.

 Tudo não passava de um sonho.

Deus é a sua força! Ele te sustenta quando tudo conspira contra ti. Levante-se dessa cama e sorria, diga pro mundo que quer te ver triste que Deus ama o teu sorriso. Bom dia <3

 Acordei com essa mensagem na caixa de e-mail do meu notebook. Não sabia o contato. O e-mail era privado. 
 Estava a 3 dia sem ir ao colégio. Sem ao mesmo levantar da capa. Não que eu não tinha forças para encarar o Mattheus. E sim, pelo machucado na minha canela. Em termos de relacionamento, sou forte. Espero que o Mattheus não venha mais falar comigo. Animal. 
 Andava de muleta. Azul. Já disse que amo azul? Então, não vivo sem. Na verdade, Adryan que pintou para mim. Ele achou essas muletas e o mesmo pintou. Fofo! 
 Não aguentava mais ficar de muletas, não aguento. 
 A mensagem me fez forte. Levantei daquela cama logo pegando as muletas e indo tomar um banho refrescante. Coloquei essa roupa e fiz um make leve, pelo menos para ver se esconde a cara inchada. Pedi um táxi e ele me levou ao shopping. Preciso de um celular pra ontem.
 Pedi uma casquinha de baunilha e senti em um dos bancos que tinha por perto da praça de alimentação. 12:40, marcava no relógio. As meninas já saíram. Liguei para a Nathália, ela estava almoçando com a família dela. Ela disse que contaria que estava na espera de um filho. 
'' Tudo está acontecendo do nada, tudo de uma vez, atrás do outro. Esses problemas vão me atropelar. ''
As pessoas que passaram a minha volta devem ter achado que sou uma maluca. É, pensei alto, mais tão alto, que saiu pela boca.
xXx: Não, esses problemas não vai te atropelar - pude sentir uma respiração, um meio tanto familiar, no meu pescoço- Deus é a sua força.
 Ai, eu soube quem mandou aquele e-mail. E meu coração sorriu.

CONTINUA...

O sorriso é a melhor resposta para um olhar.

“Amor é quando se tem todos os motivos pra desistir, mas você engole o choro, seca as lágrimas, força um sorriso e dá mais uma chance dizendo “essa é a ultima vez”. Mesmo sabendo que ainda terá muitas ultimas vezes.”

“A vontade de Deus vai muito mais além do seu entendimento, e é muito melhor do que você imagina.”

VOE NEYMAR

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15 de maio de 2009, Pacaembu. Molina toca para Germano, que percebe o avanço de Roni pela esquerda. O atacante recebe a bola e cruza à meia-altura para o meio da área. Bola na rede. “Pode ser um gol histórico”, disse o narrador Milton Leite.

AVISO: Desculpa por demorar muuuuuuuuuuuito para postar esse imagine,mas estou de volta com ele. AVISO²: E quem tiver imagine/história e quiser fazer parte >desse< blog, vem falar comigo por comentários ou pelo twitter @mefeatmattheus. AVISO³: Estou respondendo o comentário de vocês na parte de comentários,ok? Então, quem comenta, se liga lá. bjão!
 

Illusion - Parte 8

Levantei o rosto e sequei a lágrima que acabara de escorrer pelo meu rosto com a manga do meu moletom. Acredite, aquela não era a primeira e estava longe de ser a última lágrima que eu iria derrubar no dia. Apoiei minha mão no chão e levantei lentamente, por conta das dores musculares, daquele chão sujo do banheiro feminino. Me apoiei na pia e quando me recompus, olhei-me no espelho. Minha aparência? Totalmente desprezível. Eu estava acabada, não há dúvidas disso. Meus olhos possuíam longas e escuras olheiras embaixo e boa parte de meu rosto estava inchado. Meu nariz estava vermelho e minha boca seca. Admito que estava pálida.
Abri a torneira e deixei a água cair. Coloquei minhas mãos, juntas, embaixo da torneira, pegando um pouco de água e levando até o rosto. Direcionei minhas mãos até o porta-papel e tirei duas folhas, levando-as até meu rosto, secando-o. Joguei a bola de papel molhado no lixo e novamente me olhei no espelho. E continuava a mesma coisa.
Fui em direção a minha mochila que continuava no chão e me agachei, pegando meu celular que estava em cima dela. Acendi a tela e marcava 15:06 da tarde. Tinha cerca de 20 chamadas não-atendidas da Jess e 5 do Neymar. Já era pra eu estar em casa a um bom tempo. Peguei minha mochila e coloquei em um dos meus ombros. Ergui-me e antes de sair do banheiro, dei uma última olhada para a aberração que eu tinha virado por conta de eu ter passado um bom tempo chorando.
Assim que saí do banheiro olhei para os dois lado para ver se tinha alguém no corredor da escola. Por pura sorte, não tinha. Caminhei pelo corredor e escutei barulhos vindo da quadra. Espiei e vi que era os meninos jogando basquete, porém notei que um dos jogadores não estava. Neymar.
Voltei a caminhar pelo corredor em direção a saída, rezando para que a diretora não me pegasse, já que era pra eu ter ido embora 12:00. Cheguei na calçada em frente a escola e coloquei a mão na frente do rosto, impedindo o contato dos meus olhos com o sol.
Respirei fundo antes de começar uma longa caminhada até em casa, já que Jess já devia estar com certeza em casa a um bom tempo se perguntando onde eu tinha me metido.
Com as pernas doloridas e um pouco trêmulas, comecei minha trajetória de volta para casa. Ao som de músicas agitadas e passos lentos, andei, e a cada passo tentava acumular forças pra me fazer chegar até em casa sem nenhuma recaída.
No meio do caminho recebi uma mensagem. Era Neymar. Abri a mensagem e li.
Oi, o que aconteceu com você? Não te vi sair da escola e fiquei te esperando no estacionamento porém você não veio. Fui até sua casa porém você não estava. Por favor, assim que você ver essa mensagem, me liga. Estou preocupado com você. Beijos, Ney.
Exclui a mensagem e coloquei o celular no bolso. Abaixei a cabeça e fui assim até em casa.  Apenas comigo mesma, meus pensamentos, a música e o medo. Mais nada.


- MÃE, CHEGUEI - gritei ao abrir a porta de casa e não esperei nenhuma resposta, como sempre.
Joguei minha mochila em cima do sofá e fui direto pra cozinha. Abri a geladeira e peguei uma maçã, lavando-a e mordendo logo em seguida. Peguei minha mochila jogada no sofá e subi para meu quarto, jogando-a no chão e retirando meus tênis com os pés. Enquanto abocanhava a maçã, tirei minha roupa lentamente. Assim que já estava só de roupas íntimas, joguei o resto da maçã fora e entrei em meu banheiro. 
Abri o chuveiro e deixei que a água caísse sobre meu corpo. Apoiei minha testa na parede do banheiro e fechei meus olhos, enquanto sentia a água entrando em contato com o topo de minha cabeça. Gemi. Porém não foi um gemido de prazer, e sim de dor.
Cerca de 80% de meu corpo doía. 
Abri meus olhos e fitei meus pés que estavam inchados. Subi o olhar até a minha coxa e percebi que lá tinha um hematoma. Fechei os olhos novamente e respirei fundo. Levantei minha cabeça e fechei o chuveiro. Fitei o teto por uns instantes e finalmente recuperei forças para sair do box.
Peguei minha toalha pendurada na parede e enrolei-me nela. Voltei ao meu quarto e me sequei. Antes que eu pudesse procurar uma roupa leve para colocar, meu celular começou a tocar. Era Neymar.
Não sei se atendia ou não. Estava receosa e não fazia ideia do que dizer pra ele.
Juntei forças e finalmente, atendi.
- Alô?
- Megan, você tá bem? - Neymar falou com uma voz um pouco desesperada.
- Bom... estou - menti.
- O que aconteceu? Eu fiquei o maior tempão te esperando e você não apareceu. Onde você foi? - Neymar perguntou com certa rapidez na voz.
- Calma, eu apenas... sai um pouco mais cedo do que os outros e decidi dar uma volta - continuei mentindo.
- Eu fiquei super preocupado com você. Eu até vi aquela sua amiga Jessie indo embora e perguntei sobre você, mas ela disse que você iria comigo - ele falou coma voz abafada.
- Me desculpe, eu apenas decidi vir sozinha - falei.
- Está tudo bem, mas você poderia ter atendido o celular pelo menos ou até mesmo dar sinal de vida - ele falou com um certo tom de preocupação.
- Desculpa, já disse. Prometo não fazer isso novamente - respondi-o. Mas afinal, ele por acaso era minha mãe pra ter essa autoridade em relação a minha pessoa? Ah pera, ele é o garoto que eu amo. É isso.
- Ok, mas esquecendo esse seu erro... Você vai fazer algo de noite? - perguntou com a voz mais relaxada.
- Não, porque? - respondi e perguntei de volta.
- Sei lá... Nós poderíamos sair para comer algo, o que você acha? - perguntou novamente.
- Tudo bem - respondi - por tanto que seja em um lugar onde quase ninguém vá, eu topo - acrescentei.
- Porque você quer ficar afastada das outras pessoas? - perguntou. Dava para ter certeza de que ele estava curioso.
- Só não quero encontrar algum conhecido, só isso. - respondi-o.
- Alguma pessoa em especial? - perguntou. Minha tensão estava aumentando, junto com a curiosidade dele.
- Não - falei com uma certa agilidade na voz - bom, eu tenho que desligar agora. Estou cheia de fome e preciso pôr um roupa.
- Aposto que você fica melhor sem roupa - falou em um tom safado e pude escutar ele dando uma risada abafada - desculpa, foi brincadeira... Vai lá, depois eu te ligo e te informo a hora que passarei ai para te pegar - acrescentou e eu apenas assenti e desliguei o telefone.
Acho que certo tempo atrás eu nem imaginaria que aquilo estaria acontecendo comigo, sabe?
Um dia você é ignorada pelo garoto que você gosta, e no outro está até marcando encontros com ele. Coisa doida, não?
Não sei ao certo como isso tudo ocorreu. 
Aconteceu tão rápido que chega a dar um frio na barriga, só de pensar que estou me precipitando em relação ao Neymar.
Eu sei como ele é, como ele age. Mas eu não sei o que ele acha em relação a mim. Isso é uma das coisas que eu talvez não irei conseguir desvendar dele.
Outra coisa que eu não vou conseguir desvendar é a razão dele estar se aproximando de mim, entende?
Ele não podia apenas ter pedido ajuda no trabalho e depois ter me esquecido? Não, não estou dizendo que não gosto do fato de ele estar se aproximando de mim. Só não entendo como ele pode querer algo com a minha pessoa. Logo eu, um ser tão insignificante
Posso ter minhas qualidades, porém minha lista de defeitos é maior.
E não, não estou me diminuindo. Apenas sendo sincera em relação ao que eu acho de mim.
Sei que posso me arriscar fazendo isso. Aliás, depois do que aconteceu hoje na escola, me fez ter mais certeza ainda que "eu+Neymar" não irá dar certo. Não mesmo.
Neymar tem vááárias meninas atrás dele, e eu? Bom, o máximo que eu tenho é os caras bêbados das boates que eu ás vezes, isto é, raramente, vou com a Jessie. 
E isso só me faz ter mais medo ainda.
Neymar não é pro meu bico, isso é certo. Mas já que eu realmente gosto dele, na verdade amo-o, a única opção é correr atrás e tentar conseguir o cargo de senhora Da Silva Santos.
Meus pensamentos foram interrompidos com o toque de meu celular. Dessa vez era Jessie.
- Alô? - atendi.
- Megan? Tá bem? Tá viva? - escutei Jess falar do outro lado da linha.
- Estou, porque? - perguntei.
- Neymar ficou procurando por você no final das aulas e você não atendia o telefone. Eu fiquei preocupada - Jess falou com uma voz calma.
- Amiga, eu estou com medo - falei espontaneamente. Eu estava disposta a contar pra ela o que tinha acontecido naquela tarde.
- De que? - Jess começou a ficar curiosa.
- Eu não posso te falar por telefone. Vem aqui em casa e eu te explico - falei com receio. O medo estava vindo á tona.
- Megan, você realmente está bem? O que aconteceu? - um tom de preocupação se misturou a curiosidade na voz de Jess.
- Por favor, só vem. - falei em um certo pânico.
- Estou ai em 5 minutos - falou e rapidamente desligou.
Respirei fundo tentando conter o choro e taquei o celular em cima da cama. Dei uma fungada no nariz e fui em direção ao meu armário pegar uma roupa para vestir. 
Abri minha gaveta de peças íntimas e notei que tinha um hematoma bem escuro no meu braço. Assim que botei a lingerie, coloquei um vestidinho solto, já que não iria sair de casa no momento.
Desci as escadas e fui em busca de algo para comer. Revirei a geladeira e felizmente encontrei um pedaço de lasanha.
Coloquei a lasanha dentro do microondas e coloquei suco em um copo enquanto ela esquentava. 
Assim que acabou, peguei o copo e o prato e fui pra sala comer enquanto assistia televisão.
Antes mesmo que eu tomasse coragem para levantar e levar o prato até a pia, a campainha tocou. Gritei perguntando quem era e Jessie respondeu já adentrando a casa. Aproveitei que ela estava em pé e pedi-a para que colocasse o prato e o copo na pia para mim. Assim que ela voltou da cozinha, reclamando, sentou-se do meu lado no sofá e percebeu que eu estava tensa.
- O que aconteceu? Fala. - enquanto falava, Jess olhava dentro dos meus olhos.
- Jess, eu estou com medo, muito medo - entrei em um pânico instantâneo e comecei a chorar.
- Megan, o que foi? - ela perguntou assustada.
- Eu não posso contar, mas por favor, me promete que sempre irá estar do meu lado e me proteger? - pedi enquanto soluçava.
- Proteger? Como assim? Megan, alguém quer fazer alguma coisa com você? - perguntou espantada. Apenas assenti com a cabeça e abracei ela, chorando mais ainda.
- Apenas me promete - solucei e me livrei de seus braços - que não irá deixar ninguém fazer nada comigo. Por favor - implorei enquanto chorava. Uma dos meus defeitos é ser muito sensível.
- Ok, mas me responde, é alguém que eu conheça? Alguém próximo? Foi o Neymar? - ela estava ficando louca.
- Não - falei em um berro de choro.
- Então me diz, quem é? - ela perguntou enquanto passava a mão pelos meus cabelos.
- Eu não posso. Desculpe, mas eu não posso - solucei novamente e me levantei do sofá em um pulo. Dei cerca de 3 passos e coloquei a mão na cabeça. Tomei coragem e me virei, encarando Jessie que continuava sentada no sofá apreensiva. Pude perceber Jess fitando minha coxa descoberta, por conta do tamanho do vestido.
- Que roxo é esse na sua perna, Meg? - Jessie perguntou preocupada e logo fitou meu rosto. - Tem alguma coisa haver com esse segredo que você não pode me contar? - ela perguntou. Engoli a seco e assenti.
- Sim, mas por favor, não se preocupe com os hematomas. Isso não é nada em comparação ao que pode acontecer. - falei. Merda, não era para eu ter dito isso.
- Megan, a cada segundo você está me deixando mais preocupada ainda, então dá para pelo menos me dar uma dica do que aconteceu? - ela perguntou tensa. Limpei minhas lágrimas com a palma da mão.
- Desculpe, mas eu realmente não pos... - fui interrompida com o barulho do meu celular. Era uma mensagem de Neymar.
Já saí de casa e já já estou ai. Espero que consiga ficar pronta em 10 minutos. Beijos, Ney.
- Eu preciso me arrumar - falei, porém, mais para mim mesma do que para a Jessie. 
- Calma, ainda não acabamos de conversar - ela falou tentando me impedir enquanto eu ia em direção as escadas rapidamente.
- Desculpa Jess, mas eu realmente preciso me arrumar. O Ney vai estar aqui em menos de 10 minutos - falei já subindo as escadas.
- Ney? Até apelidinhos vocês estão trocando? - ela falou em uma voz totalmente irônica.
- Não começa, Jess. Ele gosta que o chame assim, só isso - gritei do corredor do segundo andar da casa. Fui para meu quarto e fechei a porta.
Ok, próxima missão: esconder os hematomas do meu corpo com roupas longas.
A sorte é que o tempo estava úmido.
Coloquei uma calça jeans escura e uma blusa bege de manga longa, só que o tecido era fininho.
Para cobrir os pés coloquei minha botinha de cano curto, sem salto, também bege.
Corri para o banheiro e tentei dar uma ajeitada no cabelo. Uma escovada ali, uma escovada aqui e acabei deixando ele solto mesmo.
Peguei meu rímel e dei uma passadinha nos meus cílios. E não, eu não gosto de maquiagem. Mas qual o problema de tentar ficar mais bonita para ir em um encontro com o garoto dos seus sonhos?
Enquanto passava o brilho labial escutei um barulho de buzina e fui correndo para a janela ver quem era. E eu estava certa. Neymar tinha chegado.
Desci as escadas correndo e me deparei com Jessie assistindo TV deitada no sofá.
- Ué, vai ficar ai? - perguntei enquanto pegava meu celular e colocava no bolso.
- É néh, já que minha melhor amiga vai sair com o garoto da vida dela e minha mãe não me quer em casa, já que ela está dando faxina - Jess falou totalmente entediada e eu ri da expressão de sofrida dela.
- Calma, depois eu volto - falei rindo, enquanto pegava o dinheiro em cima da mesa e colocava no bolso desocupado. Logo, fui em direção a porta e abri-a.
- Já é, bom encontro - ela falou mudando de canal.
- Valeu - respondi antes de fechar a porta e ir em direção ao carro do Neymar parado na calçada da minha casa.
Respira Megan, respira. É apenas um encontro. Você só tem que tomar cuidado em não abrir essa sua boca grande.
Mas a tensão tomava conta. Eu não fazia a mínima ideia do que estava por vir.

COÉEEEEEEEEEEE GATINHAS! COMO VOCÊS SABEM ESSA HISTÓRIA É DA GATA THAY, POREM ELA É MEIO LERDINHA SABE?! HGYEHUJ MENTIRA, MINHA NICK MINAJ! ENTÃO, COMENTEEEEEEEM!